A Copel Geração e Transmissão, subsidiária integral da Companhia Paranaense de Energia – Copel (CPLE6), poderá estender a outorga de 14 de suas usinas hidrelétricas. A informação foi divulgada por meio de um fato relevante na noite da última terça-feira (28).
Dessa forma, a Copel adere à repactuação do risco hidrológico da parcela de garantia física não comprometida om o Ambiente de Contratação Regulada (ACR).
Segundo a empresa, os novos contratos trarão um impacto positivo de R$ 1,6 bilhão no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e de R$ 1 bilhão no lucro líquido do exercício.
Segundo a XP, a discussão sobre a repactuação do risco hidrológico teve início diante de ações judiciais ante o inconformismo das hidrelétricas.
Em meados de 2015, devido à redução dos reservatórios causada pela estiagem no Brasil e o aumento no consumo de energia, o governo da ex-presidente Dilma Rousseff despachou energia a partir das Usinas Termelétricas, impedindo que as hidrelétricas vendessem energia, com a pretensão de poupar seus reservatórios.
O despacho de energia de Usinas Termelétricas gerou o aumento no custo da energia, criando uma dívida que seria, posteriormente, rateada entre o mercado de energia – geradoras, transmissoras e consumidores.
XP recomenda compra das ações da Copel
Segundo a corretora, a extensão das concessões é positiva para a Copel.
A XP estima que a adição de R$ 1,6 bilhão em valor aos acionistas perfaz um aumento de R$ 0,60 por ação no preço-alvo, ou 8% do atual valor de mercado da empresa. A corretora recomenda compra das ações da Copel, com preço alvo de R$ 7,5.
“A empresa dará sequência as próximas etapas para adesão, incluindo acelebração de termo de aceitação de prazo de extensão de outorga e de desistência e renúncia ao direito de discutir a isenção ou a mitigação de riscos hidrológicos relacionados ao MRE”, disse a Copel no comunicado.