A Copel (CPLE3) informou hoje, através de fato relevante, que o BNDESPar, braço de investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), contratou o BTG Pactual (BPAC11) para ser o coordenador de uma oferta pública secundária de ações, que envolve sua participação na companhia.
O BNDESPar, que possui 26,4% do capital da Copel, pretende vender até a integralidade de suas ações na geradora e distribuidora de energia do Paraná, em linha com seu recente movimento de desinvestimento.
O BTG Pactual tem agora 24 horas para formar o consórcio de bancos que realizará o processo de oferta de ações da Copel.
O BNDESPar, entretanto, ressalta que o lançamento da oferta pública está sujeito a diversos fatores, como, por exemplo, condições de mercado favoráveis e a aprovação dos valores por cada ação da Copel pela sua diretoria.
Além da Copel, BNDESPar já vendeu participações em outras companhias
Além da Copel, recentemente, o BNDESPar vem realizando uma série de movimentações para diminuir sua participação em grandes empresas.
No meio de novembro, o banco público levantou R$ 2,5 bilhões ao vender sua participação na mineradora Vale (VALE3). Em agosto, o banco já tinha levantado R$ 8 bilhões vendendo participação na mineradora.
Mais para o fim de novembro, o jornal Valor Econômico informou que o BNDESPar pretende vender sua participação na Klabin (KLBN11), companhia do ramo da celulose. A instituição detém 7,5% da empresa e, segundo projeções, levantaria até R$ 2 bilhões na movimentação. Antes disso, o banco havia vendido participação na Suzano (SUZB3), do mesmo setor.
No fato relevante, o BNDESPar pede cooperação à diretoria da Copel e a seus executivos. O anúncio em si ainda não é de uma oferta pública, mas sim de uma manifestação de interesse.
A movimentação não altera a posição do estado do Paraná como acionista majoritário da Copel, com 58,6% do capital investido. Além disso, a Eletrobrás possui 1,1% da estatal.
O restante do capital da Copel está distribuído em bolsas: 13,6% na B3 e 0,1% na NYSE.