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COP26: mais de 30 fundos prometem reduzir desmatamento; só um é brasileiro

Maioria das indústrias já adota ações de sustentabilidade

Maioria das indústrias já adota ações de sustentabilidade. Foto: Pixabay

Cerca de 30 gestoras de fundos globais se comprometeram a eliminar o desmatamento causado por commodities agrícolas até 2025. O plano dos fundos é acirrar o monitoramento das empresas desses produtos que estão em seus portfólios de investimentos e de empréstimos até 2025. O compromisso foi formalizado na Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP26) em Glasgow, na Escócia.

Entre os fundos integrantes, apenas um é brasileiro, o JGP Asset Management. Presente na COP26, em Glasgow, José Pugas, sócio da JGP, afirmou que ainda falta uma conexão do setor de commodities do País com as finanças verdes globais.

O acordo feito pelas gestoras no evento prevê que as cadeias produtivas contempladas sejam de soja, pecuária, celulose e papel e óleo de palma. Até o final de 2025, o cronograma de ações que devem ser encabeçadas por elas é o seguinte:

Pugas afirmou ao site Reset que empresas que não tiverem um sistema de rastreamento de seus fornecedores até 2025, que possibilite medir o risco de desmatamento dos negócios, passarão a ser alvo de desinvestimentos.

Juntas, as mais de 30 gestoras tem quase US$ 9 trilhões em ativos sob gestão. “O objetivo é conseguir eliminar o desmatamento oriundo de commodities em todos os biomas”, diz Pugas.

Mais acordos no radar da COP26

Além do acordo entre as gestoras, líderes de oito instituições financeiras e empresas do agronegócio anunciaram um compromisso de US$ 3 bilhões para a produção de soja e gado livre de desmatamento, informou em nota ao Broadcast a ONG The Nature Conservancy.

O acordo feito na COP26 prevê a conversão de habitats naturais na América do Sul e US$ 200 milhões em desembolsos até 2022 para concretizar esses planos. Participam do compromisso as empresas:

“Os compromissos feitos por essas entidades privadas irá acelerar o fluxo de capital para os agricultores, viabilizando a transição para modelos de negócios mais sustentáveis, incluindo a expansão da produção em pastagens degradadas e aumento da produtividade – por exemplo, por meio da intensificação sustentável da pecuária”, avalia a ONG The Nature Conservancy, presente na COP26, em nota.

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