A Cooperativa Minasul pretende lançar sua criptomoeda ainda em 2021. A moeda digital Coffee Coin deve permitir aos seus cooperados trocar café por produtos como insumos e máquinas.
Com 8,5 mil cooperados em mais de 200 municípios, a cooperativa mineira de café que pretende lançar sua própria criptomoeda tem sua sede em Varginha, Minas Gerais.
“Os produtores têm gastos diversos antes da colheita. Com a solução, eles poderão comprar defensivos, ferramentas e implementos agrícolas ao longo do ano para viabilizar sua produção e também de lastrear a aquisição no preço do café daquele dia e fazer o pagamento apenas após a colheita”, disse o diretor de novos negócios da Minasul, Luís Henrique Albinati, em nota.
Além disso, de acordo com a cooperativa, a solução foi implementada pela empresa de tecnologia Inove, ao passo que o gerenciamento das operações tem o suporte do Dynamics, sistema da Microsoft. O valor monetário da moeda é diariamente ajustado pela Bolsa de Nova York, seguindo a padronização dos tipos de café.
Os pagamentos utilizando a moeda digital devem ser feitos à vista e estão limitados aos cooperados e às lojas da Minasul, contudo, a expectativa para este ano é que a Coffee Coin vire uma criptomoeda e seja usada como ferramenta de concessão de crédito no setor.
“Quem investe em criptomoedas deve estar pronto para perder tudo”, diz agência reguladora britânica
A Autoridade de Conduta Financeiro (FCA) do Reino Unido alertou no dia 11 de janeiro deste ano que investidores que pensam em fazer aportes, ou que já fizeram, em criptomoedas devem estar preparados para perder todo dinheiro investido nesses ativos.
Segundo o órgão, a aquisição desses produtos vem junto de riscos muito altos. “Como em todo caso de investimentos especulativos com riscos elevados, os consumidores devem se certificar de que entendem no que estão investindo e saber os riscos associados ao aporte”, diz a FCA.
O aviso vem em meio uma forte alta do mercado de moedas digitais. Na última semana, o bitcoin superou o valor histórico de US$ 41,973 mil e a soma do valor de todas as moedas digitais ultrapassou US$ 1 trilhão.
Investidores, recentemente, passaram a acreditar que essas moedas podem ser uma boa maneira de fugir da inflação, de forma parecida com o ouro, em tempos de estímulos financeiros sem precedente por parte dos governos mundiais.
A alta exagerada, entretanto, levou a alguns comentaristas a alertarem para os riscos de bolha. Apenas nos últimos 12 meses, as principais criptomoedas avançaram cerca de 300%. O Bank of America, recentemente, chamou a movimentação de “a mãe de todas as bolhas”.
A agência reguladora do Reino Unido teme que os altos riscos já inclusos com o investimento em criptomoedas estejam sendo impulsionados ainda com empresas investindo em marketing, que não mostram o lado negativo de investir na moeda, e com atividades fraudulentas. “A FCA está ciente de que algumas empresas ainda estão oferecendo investimentos em criptoassets ou empréstimos e investimentos vinculados a esses ativos, prometendo altos retornos”, afirmou.
O órgão proibiu recentemente a venda de criptomoedas para investidores do varejo. Segundo ele, as empresas que continuam a realizar a operação estão cometendo um crime.