Os contratos futuros do ouro encerraram o pregão dessa terça-feira (7) apresentando o maior nível desde 16 de setembro de 2011. Os contratos futuros do metal precioso para agosto terminaram o dia em alta de 0,91% a US$ 1.809,90 (cerca de R$ 10 mil) a onça-troy na divisão Comex da Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque (Nymex).
Segundo o vice-presidente executivo da GoldMining, Jeff Wright, “o ouro teve um caso clássico do mercado que dá espaço para alguma realização de lucros, permitindo a saída de alguns participantes de curto prazo [e] mais fracos, para comprar a queda”.
Alguns especialistas destacam que os metais preciosos podem ter sido beneficiados durante o período de pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
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Já o analista de mercado da AvaTrade, Naeem Aslam, apontou em um relatório que a demanda pelo metal se fortaleceu por causa de preocupações vírus. “Não há dúvida de que os investidores estão despejando dinheiro em ouro via ETFs [fundos negociados em bolsa]”, declarou ele.
Além disso, Aslam salientou que a queda das taxas de juros em todo o mundo e o dólar mais fraco mantêm viva a perspectiva de alta para o preço do metal precioso.
Por sua vez, o chefe de pesquisa do World Gold Council, Juan Carlos Artigas, explicou em comunicado que “a demanda por investimentos em ETFs de ouro quebrou vários recordes este ano, enquanto os investidores buscavam segurança contra a turbulência econômica criada pela covid-19″.
Ele ainda completou dizendo que as entradas no primeiro semestre do ano excederam significativamente os níveis recordes de várias décadas de ouro líquido comprados pelos bancos centrais em 2018 e 2019.
Ouro volta a superar os US$ 1.800 pela primeira vez em dez anos
A alta da cotação do ouro parece não ter fim. Primeira vez desde setembro de 2011 o valor da onça do mineral precioso chegou a superar o limite de US$ 1.800 (cerca de R$ 10 mil) no fechamento do primeiro semestre. O metal, subindo pelo terceiro mês consecutivo, fechou o melhor trimestre em quatro anos, com um aumento de 12%.
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No primeiro pregão desse mês, o ouro desceu um pouco, para US$ 1.779,40 por onça, mas continuando a superar o valor que tinha alcançado em 2012. Um resultado parecido com a aversão ao risco registrada naquela época, com a crise na Zona do Euro que ameaçava os mercados internacionais, assim como com a situação atual com o coronavírus. Situações que levam para uma alta a cotação do mineral como classe de ativo percebida como segura.