Contas externas registram déficit de US$ 1,134 bilhão em fevereiro, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), na última segunda-feira (25).
No mesmo período, em 2018, o saldo negativo nas contas externas foi de US$ 2,043 bilhões.
A conta é um dos principais indicadores do setor externo brasileiro. No entanto, é formada por:
- Balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e o exterior);
- Pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior);
- Pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
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Primeiro bimestre
Durante o primeiro bimestre, foi registrado um déficit de US$ 7,678 bilhões. Dessa forma, o saldo negativo registrado apontou uma queda de 7,88% em relação ao mesmo período do último ano.
Em 2018, durante o primeiro bimestre, o Brasil havia registrado um déficit de US$ 8,335 bilhões.
De acordo com o chefe do Departamento de Estatística do BC, Fernando Rocha, o saldo negativo aconteceu porque a procura por insumos importados aumentou devido ao crescimento da economia.
No entanto, ele ainda afirmou que os resultados das contas externas estão relacionadas ao ritmo lento da recuperação da economia nacional.
Investimento estrangeiro
Conforme dados divulgados pelo Banco Central, os investimentos estrangeiros diretos chegaram a um total de US$ 14,266 bilhões durante o primeiro bimestre, uma alta de 9,1% em relação ao ano passado quando foram recebidos US$ 13,075 bilhões.
Dessa forma, os investimentos estrangeiros cobriram o saldo negativo de US$ 7,678 bilhões obtidos durante o mês de janeiro.
Para 2019, o Banco Central estima que haja a entrada de US$ 90 bilhões em estrangeiros diretos na economia brasileira. Caso a previsão seja confirmada, os investimentos externos cobririam totalmente o déficit de US$ 35,6 bilhões esperado no período.
Contas externas em 2018 e 2019
Em 2018, as contas externas fecharam com um saldo negativo de US$ 14,511 bilhões.
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Para 2019, a expectativa do Banco Central é que as contas externas registrem um déficit ainda maior, totalizando um saldo negativo de US$ 35,6 bilhões nas transações.
