Contas do governo registram superávit de R$ 6,5 bi em abril; o pior em 21 anos

De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional na última quarta-feira (29), as contas pública do governo registraram, no mês de abril, superávit primário de R$6,537 bilhões. Ainda que o resultado seja positivo, esse valor é o menor do mês em 21 anos.

Esse valor é correspondente a uma queda das contas do governo de 28,3% em comparação de mesmo período com o ano anterior, total de R$ 8,684 bilhões. Conforme o Tesouro Nacional, esse desempenho das contas públicas é devido ao recuo de 1,6% na receita da União.

Superávit, ocorre quando as receitas são maiores do que os gastos. Já o resultado primário é quando o governo não conta com o desembolso para pagar despesa com juros da dívida pública.

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Contas públicas

O menor resultado, corrigido pela inflação, registrou superávit de R$ 6,377 bilhões, em abril de 1998.

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De acordo com o Tesouro, o desempenho da União explica a demora da atividade econômica do País. As despesas cresceram cerca de 0,5% com os gastos previdenciários e folha de pagamentos do funcionalismo público. Foi registrada, em abril deste ano, uma despesa de R$ 13,616 bilhões da Previdência Social.

Menor patamar de investimento da história

No primeiro trimestre de 2019, a União registrou o menor patamar de investimentos da história. O valor dos três primeiros meses, ou seja, de janeiro a março, corresponde a 0,35% do Produto Interno Bruto (PIB).

Saiba Mais: União registra o menor patamar de investimento no 1° trimestre de 2019

De acordo com o Tesouro, é reconhecido como investimentos, despesas que contribuem para produção ou geração de bens que serão parte do patrimônio público, como:

  • obras;
  • instalações;
  • compras de máquinas e equipamentos.

Já as despesas correntes de custeio, são gastos ligados à manutenção das atividades dos órgãos da administração pública, como por exemplo:

  • água;
  • luz;
  • e despesas diárias.

Foi aplicado R$ 6,2 bilhões nos investimentos, porém, esse valor correspondem a um recuo de 30% quando comparado com 2018. Já as despesas correntes de custeio tiveram uma queda de 7%, totalizando R$ 43,7 bilhões.

Conforme o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, o saldo positivo das contas do governo em abril é explicado pela maior arrecadação do Imposto de Renda de empresas e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e por participações especiais da exploração de recursos naturais.

Poliana Santos

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