Contabilizei capta US$ 60 milhões com o SoftBank para virar fintech

A empresa de serviços de contabilidade Contabilizei anunciou nesta quinta-feira (10) que captou US$ 60 milhões (R$ 320 milhões) em uma rodada Série C liderada pelo SoftBank. Goldman Sachs e Pruven Capital também participaram do investimento.

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Vitor Torres, CEO da Contabilizei, diz que o objetivo da rodada é ampliar a oferta de serviços e produtos da startup. A Contabilizei surgiu em 2013 para ajudar o micro e pequeno empresário a abrir uma empresa de forma gratuita e manter a contabilidade em dia.

A startup atua como um escritório de contabilidade, auxiliando o empresário com nota fiscal e calculando impostos.

Com a empresa crescendo, Torres disse que passou a enxergar a oportunidade de ampliar os produtos, incluindo “ajudar o empresário a abrir uma conta bancária e a receber dinheiro do cliente”, mas também ajudando a escolher plano de saúde para ele, a família e os empregados.

O escritório de contabilidade digital tem dado passos para o mundo físico e adicionou apoio por telefone com atendimento até 22h e abriu lojas físicas no Shopping Eldorado, em São Paulo, e no Barra Shopping, no Rio de Janeiro.

“Estamos ampliando o nosso alcance ao micro e pequeno empresário para que ele possa tirar dúvidas com a gente gratuitamente no shopping enquanto toma um café, faz as compras dele”, explica Torres.

A ideia da Contabilizei é expandir as lojas físicas em shopping para mais de 60 cidades pelo Brasil.

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Caminhando para oferecer cada vez mais serviços financeiros para seus clientes, a Contabilizei já lançou um produto de conta corrente por meio de uma empresa parceira.

Mais de 40% dos clientes Contabilizei já possuem uma conta com a empresa parceira e mais de 80% dos novos clientes optam por abrir a conta corrente com a Contabilizei no momento da abertura da empresa.

Torres quer que esse serviço seja da própria Contabilizei. “Esse é o grande próximo passo da companhia, ter soluções financeiras da Contabilizei para ajudar o microempresário”.

Perguntado se a empresa vai virar uma SCD (Sociedade de Crédito Direto), Torres disse que “está estudando os modelos e hoje ainda está definido o caminho”.

A empresa de serviços de contabilidade Contabilizei captou US$ 60 milhões (R$ 320 milhões) em uma rodada liderada pelo SoftBank. Foto: Divulgação.

A disputa pelo mercado de serviços financeiros voltado para pessoas jurídicas tem crescido no Brasil, com a Cora, Conta Simples e Clara. “Obviamente a gente vai acabar tocando em alguns pontos do mercado, mas sempre tendo em vista que o nosso serviço principal é com o nosso cliente, ajudando a gerenciar toda a retaguarda administrativa e financeira deles”, disse Torres.

A empresa tem mais de 30 mil clientes, enquanto os mais de 70 mil escritórios de contabilidade no Brasil atendem em média 80 a 100 clientes, segundo o CEO.

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A Contabilizei tem mais de 900 contadores e com o aporte a startup deve ultrapassar 1.300 colaboradores. A startup cobra uma mensalidade com planos desde R$ 96 até R$ 350, a depender do tamanho da empresa em termos de volume de faturamento.

“Nosso foco são as micro e pequenas empresas, que são 90% das 17 milhões de empresas”, explica Torres. Entre os planos para os próximos anos da startup está um IPO no Brasil, porque, segundo o CEO, a Contabilizei trabalha com um problema estritamente brasileiro.

“O micro e pequeno empresário contribui com mais de 30% do PIB, gera mais de 50% da mão de obra formal. Se esse micro e pequeno empresário tiver sucesso, o País terá sucesso. Esse é o nosso grande propósito”.

A Contabilizei não divulga faturamento, mas disse que cresce duas vezes a cada ano. Segundo Torres, o escritório de contabilidade em formato de SaaS (Software as a Service) se diferencia das demais empresas de software porque “se posiciona muito mais como o braço direito do micro e pequeno empresário”.

“A gente ajuda ele na jornada de uma forma ética e acreditamos em uma relação de longo prazo. Empregamos muita tecnologia, o que faz com que a gente consiga dedicar mais tempo ao nosso cliente e menos em tarefas braçais”.

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Bloomberg Línea

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