Consumidores irão pagar R$ 17,187 bilhões nas contas de luz em 2019, após decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira (18). O valor será destinado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), para cobrir subsídios do setor elétrico.
Esses subsídios na conta de luz beneficiam diversos grupos de interesse. Desta forma, na prática, os consumidores residenciais pagam um valor adicional para que outros possam ter descontos tarifários. Entretanto, todos os grupos que recebem o benefício têm seus descontos assegurados por lei ou decreto.
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Tarifa
De acordo com a Aneel, o custo da CDE deve ter uma alta média de 1,45% nas tarifas de energia em 2019.
- Consumidores do Sul e Sudeste: alta média de 1,74%;
- Consumidores do Norte e Nordeste: alta média de 0,82%.
Desta forma, o impacto tarifário será menor em 2019 do que foi em 2018. Neste ano, o impacto médio foi de 2,14%.
A Aneel prevê uma queda na tarifa média de energia dos consumidores cativos de 0,2% em 2019. Isso porque a redução do valor será pago apenas pelos consumidores comuns.
Os cativos são atendidos pelas distribuidoras, residenciais, comerciais e algumas industriais.
Despesas principais:
- Descontos tarifários para irrigantes, consumidores de fontes incentivadas, companhias de água e esgoto: R$ 8,528 bilhões;
- Combustível para o acionamento de térmicas nos sistemas isolados: R$ 6,310 bilhões;
- Desconto para consumidores que possuem baixa renda: R$ 2,380 bilhões;
- Programa Luz para Todos: R$ 1,078 bilhão.
Entretanto, os itens com maior aumento em relação a 2018 está o gasto na compra de combustível nos sistemas isolados.
Pagamento das despesas
De acordo com a CDE, o gasto previsto para 2019 será de R$ 20,208 bilhões. Desse valor, R$ 17,187 bilhões serão pagos pelos consumidores na conta de luz e o restante vem de multas aplicadas pela Aneel e o saldo da CDE.
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