O setor de construção perdeu 564 empresas e demitiu 94 mil funcionários em 2017. Os dados são da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAC) divulgada nesta quarta-feira (29). O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Além das perdas, a construção também registrou uma queda de R$ 29,6 bilhões em incorporações, obras e serviços. Assim, o valor total nas categorias foi de R$ 280 bilhões. Com isso, a queda registrada em comparação com o ano de 2016 foi de 9,6%.
No mesmo sentido, o Produto Interno Bruto (PIB) da área teve uma retração de 7,5% em 2017. Dessa forma, foi o terceiro ano seguido em que o setor recua e não cresce.
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Empresas na construção
Já as empresas diminuíram de 126.880 para 126.36. Assim, os números são referentes, respectivamente a 2016 e 2017. Em contrapartida, a área de micronegócios teve um bom resultado. Isso porque em 2017 surgiram mais de 3 mil novas microempresas.
Além disso, houve uma redução nas empresas de pequeno porte. Assim, no total, foram 2467 unidades fechadas só no ano em questão. Porém, a partir destes dois dados é possível supor que os funcionários demitidos das empresas, investiram em seu próprio negócio.
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Apesar da alta dos pequenos empreendedores, o número de pessoas empregadas na construção continuou registrando queda em 2017. Assim, eram 1,9 milhão no ano. Desse modo, a queda foi de 5% em relação aos números registrados em 2016.
Por consequência da queda de empregos na área, os valores gastos com salários e remunerações também teve caíram. O recuo foi de 6,6% em relação ao ano anterior, e a quantia chegou a R$ 53,3 bilhões.
No mesmo sentido, o salário médio mensal também apresentou queda. Dez anos antes, o valor era de R$ 2,7 salários mínimos. Já em 2017, a média do setor de construção estava em R$ 2,3 salários mínimos.