O leilão para estabelecer a concessão de 22 aeroportos regionais no interior do estado foi concluído pelo governo paulista nesta quinta (15). Dois consórcios venceram o certame, realizado na sede da bolsa de valores de São Paulo, a B3.
Os terminais foram divididos em dois blocos – Noroeste e Sudeste – e o consórcio que arrematou cada lote deverá investir em todos os terminais do grupo.
Dos 22 aeroportos, seis operam serviços de aviação comercial regular. Segundo o governo, 13 têm potencial de se desenvolver como novas rotas regulares durante a concessão. Juntos, os aeroportos movimentam 2,4 milhões de passageiros por ano.
Ágio de 11%
Com a única proposta apresentada, o Consórcio Aeroportos Paulista levou a concessão do bloco Noroeste pelo valor de R$ 7,6 milhões, com ágio de 11,14% sobre a outorga mínima.
Já o bloco Sudeste foi concedido ao Consórcio Voa NW Voa SE pelo valor de 14,7 milhões, com ágio de 11,5%, superando a proposta do outro concorrente, feita pelo Aeroportos Paulista e que tinha ágio zero.
Aeroportos preveem investimentos de R$ 447 mi
Com prazo de 30 anos na concessão, os aeroportos atualmente administrados pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) têm investimentos previstos de mais de R$ 447 milhões pela iniciativa privada.
As concessões preveem a prestação dos serviços públicos de operação, manutenção, exploração e ampliação da infraestrutura aeroportuária estadual.
O contrato prevê modelo de remuneração tarifária e não tarifária, o que viabiliza a exploração de receitas acessórias como aluguel de hangares e atividades comerciais no terminal, restaurantes e estacionamento.
O documento inclui a realização de investimentos para exploração imobiliária com potencial para desenvolvimento de novas atividades e negócios em torno dos aeroportos.
Aeroportos do Bloco Noroeste
Composto por 11 unidades, o bloco Noroeste é encabeçado por São José do Rio Preto
- e reúne os aeroportos comerciais de Presidente Prudente, Araçatuba e Barretos, bem como os aeródromos de Assis, Dracena, Votuporanga, Penápolis, Tupã, Andradina e Presidente Epitácio.
- Estão previstos R$ 181,2 milhões de investimentos ao longo do contrato de concessão, sendo os valores distribuídos para ampliação de capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação.
- Para os quatro primeiros anos de operação, a previsão de investimentos é de R$ 62,3 milhões.
Bloco Sudeste: aportes de R$ 266,5 milhões
O bloco Sudeste é composto por 11 unidades, e a principal é a de Ribeirão Preto.
- Estão incluídos os terminais de Bauru-Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Franca, Guaratinguetá, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel.
- A previsão é de R$ 266,5 milhões em investimentos ao longo do contrato, sendo os valores distribuídos para ampliação de capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação
- São R$ 75,5 milhões os investimentos previstos para os primeiros quatro anos de operação dos aeroportos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)