O presidente conselho do UBS, Axel Weber, tem estudado, junto a executivos do Credit Suisse, uma fusão entre os dois bancos, o que poderia criar uma das maiores instituições financeiras da Europa. As informações são do blog financeiro suíço “Inside Paradeplatz”, que salientou que o negócio pode sair até o começo de 2021.
O projeto de fusão entre os bancos, que é chamado de Signal, está sendo liderado por Weber, que tem discutido com o presidente do Credit Suisse, Urs Rohner, sobre a possibilidade de concretizar o negócio. Weber também discutiu a ideia com o ministro das finanças da Suíça, Ueli Maurer.
O setor bancário da Europa, em meio às taxas de juros negativas para estimular o crescimento econômico, está sob forte pressão para buscar uma consolidação. No início deste mês, o CaixaBank S.A. e o Bankia S.A., ambos da Espanha, informaram que estão explorando uma fusão para formar o maior credor do país.
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Por mais que a fusão entre as duas instituições financeiras suíças possa eliminar a sobreposição da participação das mesmas no mercado, a conclusão da transação pode ser difícil. Segundo Andreas Venditti, analista da Vontobel, em entrevista ao jornal norte-americano “The Wall Street Journal”, “a regulamentação seria o maior obstáculo aos meus olhos”.
Isso ocorre devido aos requisitos regulatórios, que são mais rígidos quanto maior for uma instituição, afirmou Venditti, salientando que não acredita que um acordo seja provável.
O UBS está em um período de transição de direção, com o ex-chefe do ING Group NV, Ralph Hamers, previsto para assumir o cargo de CEO da instituição em 1º de novembro deste ano, substituindo o atual diretor-executivo, Sergio Ermotti. Weber permaneceria como presidente do conselho após a finalização do negócio, tornando provável que o CEO viesse do Credit Suisse.
Segundo informações do blog, uma fusão entre UBS e Credit Suisse poderia resultar em cortes de 10% a 20% dos postos de trabalho em todo o mundo, ou cerca de 15 mil funcionários.