Fim do impasse? Conselho da Petrobras (PETR4) não vê prejuízo na distribuição de 50% dos dividendos extraordinários retidos

A Petrobras (PETR4) pode estar perto de uma resolução para o impasse dos dividendos extraordinários retidos. Em fato relevante divulgado no fim da noite de ontem (19), a estatal informou que o Conselho de Administração não vê comprometimento do caixa frente à proposta de distribuição de 50% do montante total barrado no início deste ano.

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Em reunião, o conselho analisou a execução do plano estratégico 2024-2028 e os cenários dinâmicos, que envolvem a evolução do preço do barril de petróleo (Brent) e do dólar, e concluiu que os esclarecimentos prestados pela companhia foram satisfatórios e que a proposta de distribuição não comprometeria a sustentabilidade financeira no curto, médio e longo prazo. Além disso, o CA enxergou que a governança fica preservada. 

O documento ressalta que a manifestação do conselho não altera a proposta feita pela administração no dia 7 de março. A decisão definitiva será tomada na próxima terça-feira (25), data da Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária da Petrobras. 

Com relação à parcela remanescente dos dividendos da Petrobras, o conselho irá avaliar ao longo do exercício corrente a possibilidade de distribuição da parcela restante do valor na forma de proventos intermediários. 

Vale pontuar que, com o conflito no Oriente Médio sem um fim estabelecido e a possibilidade de escalada do conflito, o preço do barril de petróleo se mantém pressionado — beneficiando o balanço da companhia. 

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Petrobras (PETR4): como ficam os dividendos?

A diretoria da Petrobras, chefiada por Jean Paul Prates, propôs que metade dos R$ 43,9 bilhões retidos em fevereiro fossem distribuídos aos investidores — uma tentativa de encerrar a crise dos últimos meses. 

Parte do governo, incluindo representantes do Ministério de Minas e Energia, defendiam a retenção de 100% do valor. O grande temor do mercado era de que o montante retido fosse utilizado para investimentos em braços de atuação não-prioritários ao invés de retornarem ao investidor. Apesar dos ruídos recentes, o estatuto da companhia não permite que dividendos retidos sejam redirecionados para outros fins sem que o balanço contábil esteja no vermelho.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, o presidente Luís Inácio Lula da Silva deu sinal verde para que os representantes do governo votem a favor da medida na assembleia da Petrobras. Caso a proposta siga em frente, a União deve se beneficiar com o recebimento de cerca de R$ 6 bilhões. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendia o reforço do caixa para cumprimento das metas fiscais por meio dos dividendos retidos.

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Jasmine Olga

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