Não é fácil ficar a par do mundo das criptomoedas. Os preços são voláteis e a quantidade de novos projetos lançados é gigantesca. Hoje, o site coinmarketcap.com, que acompanha os preços e ‘capitalização de mercado’ das criptomoedas, lista mais de 2000 moedas diferentes. Como saber quais são relevantes, quais são golpes e quais são insignificantes?
Uma boa métrica é a própria capitalização de mercado – como em uma empresa de capital aberto, ela nada mais é do que o resultado da multiplicação do número total de moedas em circulação pelo valor de uma unidade. Ou seja, quanto maior esse número, mais vale o ecossistema da moeda como um todo.
Sendo assim, conheça um pouco sobre as cinco maiores criptomoedas e seu market cap:
Bitcoin – US$115 bilhões
A primeira criptomoeda é também a mais famosa e mais valiosa, e não à toa. Em um mercado em que a percepção de valor é tudo, ser a pioneira e estar na boca do povo significa muito. Cotada hoje a cerca de US$6.600, a Bitcoin já chegou a valer US$20.000 no final de dezembro de 2017. 52% de todo o valor do mercado de criptomoedas está em bitcoin.
Criada em 2009 e anunciada em um paper de 9 páginas por uma pessoa ou grupo usando o pseudônimo Satoshi Nakamoto, levou alguns anos para que a moeda digital passasse a ser levado a sério. A sua inovação tecnológica para permitir transações seguras e infraudáveis é a base de praticamente todas as outras criptomoedas.
Ethereum – US$ 23 bilhões
Proposta pelo russo Vitalik Buterin aos 19 anos, a Ethereum alavanca o conceito de criptomoeda com o conceito de computação descentralizada, permitindo que usuários escrevam e executem “contratos inteligentes” públicos e infraudáveis.
Esses contratos inteligentes servem para garantir desde transações comerciais até o funcionamento de sistemas totalmente automáticos que não dependem da intervenção humana para agirem de maneira justa, como casas de apostas.
A moeda que sustenta a rede Ethereum, chamada Ether, já chegou a valer mais de US$1000, mas hoje fraqueja na marca de US$220.
Ripple – US$ 21 bilhões
Ripple é um protocolo que utiliza um registro público chamado XRP Ledger para manter um histórico público de transações e validá-las de maneira confiável e independente. Suas características diferenciadas e seu foco em ser uma tecnologia de infraestrutura fizeram dela uma escolha popular de empresas como o Santander, levando a moeda XRP a ser chamada com certo desdém de “moeda dos bancos” por parte dos usuários.
A XRP vale hoje cerca de 50 centavos de dólar, e no seu ponto mais alto chegou a valer US$3,65, brevemente, em janeiro de 2018.
Bitcoin Cash – US$ 9 bilhões
Uma das moedas mais controversas da lista, a Bitcoin Cash é um fork, ou seja, uma versão bifurcada, da Bitcoin original. Discordâncias dentro da comunidade da Bitcoin fizeram com que ela se dividisse entre a Bitcoin Core, a original, e o Bitcoin Cash, que aumentou o blocksize, permitindo que a moeda transacione com mais facilidade e mantendo o que apoiadores do fork chamam do propósito original da moeda de Nakamoto.
A Bitcoin Cash vale atualmente cerca de US$550 e já chegou a valer US$4000 no frenesi do final de 2017.
EOS – US$ 5 bilhões
Com a proposta de ser uma espécie de “Ethereum melhorada”, a EOS quebrou todos os recordes de crowdfunding/ICO (Initial Coin Offering) e ergueu bilhões de dólares para financiar o projeto. A ideia é fazer uma espécie de plataforma nativa para aplicações computacionais distribuídas, no que chamam de um “sistema operacional descentralizado”. Alguns céticos apontam, no entanto, que a plataforma levantou centenas de milhões de dólares sem mostrar nenhuma tecnologia que justificasse isso e afirmam que se trata mais de hype do que substância.
A EOS vale hoje cerca de US$5.80, e teve seu pico em US$21,46 em abril deste ano.