S&P 500: Confira as 5 ações que mais valorizaram em outubro
O índice que compila as 500 maiores companhias de aberto dos Estados Unidos, S&P 500, anotou seu segundo mês consecutivo no vermelho e encerrou outubro com uma queda de 2,8%, a 3.269,96 pontos.
O benchmark vinha se recuperando do recuo de mais de 3% em setembro quando esbarrou no crescente número de casos de coronavírus nos Estados Unidos e na Europa e deu início a um movimento de queda que não parou até o final do mês. Na última semana de outubro, o S&P 500 registrou um tombo de 5,6%, marcando o pior desempenho mensal do índice desde março em meio ao pico da crise do coronavírus.
Enquanto isso, o Dow Jones Industrial caiu 6,5% na semana e o Nasdaq Composite, um pouco melhor, perdeu 5,5%. Ambos os índices apresentaram quedas em outubro.
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De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos apresentaram o ponto mais alto da história de sua média de novos casos de covid-19, ao tempo que, na Europa, países como Alemanha e França anunciaram novas medidas de lockdown. Com isso, os investidores precificaram as perspectivas negativas para o cenário internacional e o temor de novas paralisações na economia mundial.
Mas nem tudo ficou no vermelho no mês passado. Reforçando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, veja as cinco ações do S&P 500 que fugiram à regra e se valorizaram em outubro:
Tapestry
Apesar de encerrar o pregão da última sexta-feira (30) em queda de 2,20%, a Tapestry (NYSE: TPR) continuou com a primeira posição do nosso ranking de acumulado de altas no mês passado.
A varejista de moda, dona da marca Coach, surfou na onda de reabertura de suas unidades enquanto a procura por roupas e bolsas de luxo mostrou recuperação na Ásia. A companhia reportou um crescimento de três dígitos nas vendas online e de dois dígitos nas vendas para a China.
Após o período de lockdown no início do ano para conter a disseminação do novo coronavírus, as ações despencaram quase 60% e vêm se recuperando nos últimos meses. Em outubro, a Tapestry registrou uma valorização de 42,23% e fechou a sessão a US$ 22,23 (cerca de R$ 127,38).
Align Technology
A fabricante de scanners digitais 3D e alinhadores claros Align Technology, Inc. (NASDAQ: ALGN) foi outra que bateu as expectativas dos analistas. A registrou um lucro líquido de US$ 139,4 milhões no terceiro trimestre, equivalente a um lucro por ação de US$ 1,76; ante um resultado de US$ 102,5 milhões e US$ 1,28 uma ação no mesmo período de 2019. O LPA foi mais do que três vezes o previsto pelos analistas.
O presidente e CEO da empresa, Joe Hogan, declarou que a companhia atingiu a marca de 9 milhões de pacientes e que houve “um forte impulso em todas as regiões e canais de clientes” para os alinhadores Invisalign da Align, bem como outros serviços.
Com isso, as ações da empresa dispararam 30,16% em outubro, para US$ 426,08, estendendo os ganhos depois de registrar uma das melhores alta do Nasdaq 100 de setembro.
Under Armour
Outro papel que voltou a figurar entre as maiores valorizações foi da Under Armour, Inc. (NYSE: UAA). A varejista de artigos esportivos apresentou uma retomada na demanda, especialmente na região da América do Norte, o que contribuiu para o bom desempenho de suas ações.
A companhia reportou um aumento de 17%, na receita direta ao consumidor (DTC, na sigla em inglês) no terceiro trimestre em relação a igual período do ano passado, estimulada principalmente devido às vendas no e-commerce. Enquanto isso, na mesma base, as vendas acessórios e de calçados cresceram 23% e 19%, respectivamente. As vendas de roupas caíram 6% em comparação com o mesmo período de 2019.
Além disso, a Under Armour também comunicou a venda de sua plataforma digital de saúde e fitness MyFitnessPal para a empresa de private equity Francisco Partners por US$ 345 milhões.
O movimento contribuiu para uma valorização de 23,24% nas ações da varejista norte-americana, que fechou o pregão da última sexta-feira em uma nova alta, a US$ 13,84.
SVB Financial
O SVB Financial Group (NASDAQ: SIVB) foi mais uma companhia apresentou ao mercado bons resultados no terceiro trimestre.
O grupo financeiro, que já se recuperou da queda de março e acumula uma valorização de mais de 15% no ano, reportou uma receita 20% acima da previsão dos analistas, em US$ 1,1 bilhão; enquanto o LPA ficou em US$ 8,47, 59% superior ao consenso.
Com a companhia registrou a quarta maior valorização do S&P 500 em outubro, subindo 20,81% para US$ 290,70, segundo dados do último fechamento.
General Electric
A última empresa é uma bem conhecida do mercado. Este não foi um ano fácil para a General Electric Company (NYSE: GE) e, embora ainda anote uma desvalorização acumulada de 10% em 2020, o conglomerado mostrou uma sólida recuperação em outubro.
A GE apresentou um lucro ajustado de US$ 0,06 por ação e uma receita de US$ 19,4 bilhões no terceiro trimestre, acima da expectativa dos analistas, que esperavam US$ 0,04 por ação com uma receita de US$ 18,7 bilhões.
Além disso, a fabricante de motores para aeronaves também foi beneficiada pela aprovação da União Europeia (UE) para o Boeing 737 Max levantar voo, por volta do final do ano, e do iminente aval para uma vacina contra a covid-19, que exigirá transporte aéreo em massa.
As ações da General Electric apresentaram a quinta maior alta acumulada do mês de outubro dentro do S&P 500, anotando um crescimento de 19,10%, para US$ 7,42.