O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, no dia 17 deste mês, cortar mais uma vez a taxa básica de juros do Brasil (Selic) em 0,75%. Com isso, de 3% ao ano, ela passou para 2,25%, atingindo uma nova mínima histórica. Os investidores, então, devem olhar mais uma vez para suas aplicações já que o cenário atual pode estar favorecendo mais o investimento em renda variável, como ações, que acabam dendo dividendos mais interessantes.
A taxa Selic começou 2020 em 4,5% ao ano, porém desde julho do ano passado vem sofrendo cortes, como uma forma de impulsionar a economia. Dessa forma, com mais um corte na taxa básica de juros, confira quais dividendos rendem mais do que 2,5%.
Os dividendos são parte do lucro de uma empresa e são distribuídos a seus acionistas. Todas as companhias listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) precisam dividir no mínimo 25% de seus resultados aos detentores dos papéis.
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Os investidores que escolhem pela estratégia de construir uma carteira de ações com foco nos dividendos ficam atento ao dividend yield (DY), um indicador que mensura o retorno da ação de acordo com o provento pago.
Ele é calculado pela divisão de dividendos pagos por ação pelo valor unitário da ação. O resultado dessa equação demonstra o retorno de cada papel em um período especifico.
Desse modo, salientando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco ações do Ibovespa que rendem mais que a taxa Selic, conforme apontado pelo especialista em renda variável da SUNO Research, João Arthur.
Fleury
O Grupo Fleury (FLRY3) é uma empresa de saúde brasileira fundada em 1926. Sua principal atividade é a prestação de serviços médicos e medicina diagnóstica.
O DY das ações ordinárias da empresa nos últimos doze meses registraram uma rentabilidade de 3,82%.
Saiba Mais: Fleury (FLRY3) registra queda de 36,6% no lucro líquido do 1T20
A Fleury registrou um lucro líquido de R$ 58,7 milhões no primeiro trimestre de 2020. Esse valor é equivalente a queda de 36,6%, em comparação com o mesmo período no ano de 2019, quando havia registrado lucro de R$ 92,6 milhões.
Taesa
A Taesa (TAEE11) é uma das maiores empresas de transmissão de energia elétrica do Brasil. A empresa opera cerca de 10 KM de linhas de transmissão em 18 estados do País.
Veja Também: Taesa (TAEE11) pode aproveitar crise do coronavírus para comprar ativos
O DY dos papéis units da empresa nos últimos doze meses registraram uma rentabilidade de 8,17%.
A Taesa apresentou um lucro líquido de R$ 364,2 milhões referente ao primeiro trimestre deste ano. O valor é 128,2% maior em comparação ao reportado no mesmo período de 2019.
Itaúsa
A Itausa (ITSA4) é uma holding que controla 10 empresas. As principais companhias são Itaú Unibanco (ITUB3), Duratex (DTEX3), Alpargatas (ALPA4) e Itautec (ITEC3).
O DY das ações preferenciais da empresa nos últimos doze meses registraram uma rentabilidade de 8,99%.
Saiba Mais: Itaúsa divulga cronograma de pagamento de dividendos
A Itaúsa teve lucro líquido de R$ 1,01 bilhão. O valor representa um queda de 59,3% em relação ao obtido no mesmo período do ano passado. A equivalência patrimonial da empresa, que compõe o resultado da Itaúsa, caiu de R$ 2,62 bilhões para R$ 1,27 bilhão.
BB Seguridade
A BB Seguridade (BBSE3) é controlada pelo Banco do Brasil (BBAS3) e exerce atividades no ramo de seguros, planos de previdência aberta e planos de capitalização.
O DY das ações ordinárias da instituição nos últimos doze meses registraram uma rentabilidade de 9,91%.
Saiba Mais: BB Seguridade reporta lucro líquido de R$ 882,7 mi no 1T20, queda de 12,9%
A BB Seguridade teve lucro líquido de R$ 882,7 milhões no período que compreende os três primeiros meses do ano. O valor representa uma queda de 12,9% em relação ao primeiro trimestre de 2019.
Investir em ações
Antes de qualquer investimento em ações com foco dividendos é importante ressaltar que quitar as dívidas deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir, e nunca se endividar para investir ou investir endividado. Esta matéria não é uma recomendação de investimento.