Confira 5 ações que menos desvalorizaram em março
As ações cotadas nas Bolsas de Valores registram perdas e ganhos diários que dependem de vários fatores como: a economia do país, cenário externo e a gestão da empresa. No mês de março todos os papéis apresentaram uma desvalorização em razão da crise da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Desse modo, o especialista de renda variável da SUNO Research, João Arthur, apontou cinco ações do Ibovespa que menos se desvalorizaram no mês de março.
Para avaliar o desempenho médio da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) é utilizado o índice Ibovespa que mede o andamento das ações mais líquidas. No total, fazem parte do principal índice da B3 68 ativos de 65 companhias.
A metodologia do indicador é definida pela própria B3 através de uma carteira teórica de ações, cuja composição é modificada periodicamente.
A escolha dos ativos que fazem parte deste índice é baseada em dois fatores:
- liquidez
- volume das ações
1° Carrefour
No dia 2 de março, primeiro pregão do mês, as ações ordinárias da Carrefour (CRFB3) encerraram sendo cotadas a R$ 21,50. Entretanto, no dia 31 de março os papéis encerram sendo negociados a R$ 20,63.
Desse modo, durante o terceiro mês do ano de 2020, as ações da empresa registraram uma desvalorização de 0,29%.
O Carrefour Brasil divulgou seu lucro líquido referente ao quarto trimestre de 2019. A empresa registrou alta de 7,6% em relação ao mesmo período de 2018, somando R$ 735 milhões de lucro. A performance foi puxada principalmente pelo aumento de vendas e controle de despesas nas operações de atacarejo e de supermercados do grupo, de acordo com o comunicado da companhia.
2° Vale
No dia 2 de março, as ações ordinárias da Vale (VALE3) encerraram sendo cotadas a R$ 46,30. Entretanto, no dia 31 os papéis encerram sendo negociados a R$ 43,22.
Portanto, durante o período de 31 dias, as ações da empresa registraram uma desvalorização de 15,41%.
A mineradora registrou um prejuízo de US$ 1,683 bilhão em 2019. Em 2018 esse resultado tinha sido de um lucro líquido de US$ 6,860 bilhões. No 4T19, o EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) pró-forma da Vale totalizou US$4,677 bilhões, ficando US$ 151 milhões abaixo do 3T19.
3° Suzano
No dia 2 de março, as ações ordinárias da Suzano (SUZB3) encerraram sendo cotadas a R$ 39,65. Entretanto, no dia 31 os papéis encerram sendo negociados a R$ 37,79. Durante o mês de março, a varejista registrou uma desvalorização de 6,16%.
A Suzano no quarto trimestre de 2019 registrou lucro líquido de R$1,17 bilhão, com queda de 61% na comparação anual.O Ebitda foi de R$ 2,465 bilhões no período. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, houve redução de 31%. Entretanto, os analistas consultados pela “Refinitiv” previam um resultado semelhante, de R$ 2,439 bilhões.
4° Rumo
No segundo dia do mês de março, as ações ordinárias da Rumo (RAIL3) encerraram sendo cotadas a R$ 21,71. Entretanto, no dia 31 de março os papéis encerram sendo negociados a R$ 19,65. Durante o mês a empresa registrou uma desvalorização de 6,96%.
A Rumo teve lucro líquido de R$ 786 milhões em 2019, quase três vezes os R$ 273 milhões de 2018. No quarto trimestre do ano passado 2019, o lucro líquido de R$ 202 milhões, com alta de 47,4% em relação ao mesmo período no ano anterior.
5° Telefônica
No dia 2 do mês de março, as ações preferenciais da Telefônica (VIVT4) encerraram sendo cotadas a R$ 55,13. Entretanto, no dia 31 de março os papéis encerram sendo negociados a R$ 49,45. Durante o mês a empresa registrou uma desvalorização de 7,08%.
A Telefônica Brasil, dona da Vivo, teve lucro líquido contábil de R$ 1,420 bilhão no segundo trimestre de 2019, o que representa recuo de 55,2% em relação ao mesmo período de 2018.
Investir mas com cuidado
Antes de qualquer investimento em ações é importante ressaltar que quitar as dívidas deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir, e nunca se endividar para investir ou investir endividado. Esta matéria não é uma recomendação de investimento.