O Índice de Confiança Empresarial (ICE) atingiu os 91,8 pontos no mês de maio. Isso ocorreu porque o indicador perdeu dois pontos em relação ao resultado de abril. Dessa forma, a confiança dos empresários atinge seu pior nível e retorna ao mesmo patamar de outubro de 2018. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, a confiança dos empresários já recuou 5,7 pontos do início do ano até agora. Dessa forma, o índice quase anulou a alta de 6,3 pontos que conseguiu de outubro do ano passado ao início de 2019.
“O resultado geral continua retratando uma economia com um nível de atividade fraco e, o que é pior, um quadro de relativo pessimismo com a possibilidade de uma aceleração consistente nos próximos meses. De certa forma esse pessimismo moderado pode estar contribuindo para manter a economia andando de lado neste segundo trimestre”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas Públicas da FGV Ibre.
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O índice divulgado pela instituição junta o nível de confiança dos empresários no quatros setores analisados. Sendo assim, o resultado por segmento foi de:
- Indústria: queda de 0,7;
- Serviços: queda de 3,1;
- Comércio:queda de 5,4;
- Construção:queda de 1,8.
Incerteza da economia
Por sua vez, o Indicador de Incerteza da Economia (IIE) aumentou 2,2 pontos em maio. Assim, o índice atinge os 119,5 pontos. Desse modo, a incerteza sobre o cenário econômico brasileiro já é a maior desde setembro de 2018. Na época, o indicador estava com um total de 121,5 pontos.
“A segunda alta seguida do Indicador de Incerteza reflete principalmente a instabilidade do ambiente político brasileiro. No cenário externo, a Guerra Comercial entre EUA e China também vem contribuindo para que a incerteza permaneça elevada e influencie, em menor magnitude, o resultado”, afirma a pesquisadora Raíra Marotta, da FGV Ibre.
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Além disso, a instituição prevê uma redução maior nos meses seguintes de acordo com o andamento da PEC previdenciária. “É possível que o IIE-Br recue nos próximos meses, quando se terá maior clareza quanto à aprovação da reforma da Previdência e com relação ao abrandamento das tensões entre o Executivo e Legislativo”, afirmou Raíra.