O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas recuou 0,5 ponto em novembro, para 88,9 pontos, o menor nível desde julho deste ano.
De acordo com a fundação, em novembro houve uma melhora na confiança dos consumidores em relação à situação atual enquanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram.
O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,1 ponto, para 78,5 pontos, por sua vez, o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,4 ponto, para 96,9 pontos, o menor valor desde maio de 2019 (96,5).
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Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis nos próximos meses foi o que mais contribuiu para queda da confiança em novembro. Trata-se do segundo mês consecutivo que apresenta recuo.
Índice de Confiança do Consumidor
Com a queda de 3,6 pontos, o indicador fechou em 76,2 pontos, o menor valor desde agosto de 2019 (72,2 pontos).
O resultado parece estar relacionado ao menor otimismo das famílias com a situação financeira nos meses seguintes, cujo indicador correspondente recuou 2,4 pontos, voltando a ficar abaixo da zona de neutralidade (em 98,7 pontos).
Em sentido oposto, o indicador que mede as expectativas do consumidor com relação à evolução da economia nos próximos meses avançou 2,1 pontos, para 116,4 pontos, o maior valor desde agosto de 2019 (118,0 pontos).
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Com relação aos indicadores que medem a percepção dos consumidores com a situação atual ambos avançaram em outubro.
O indicador que mede a satisfação com as finanças familiares subiu 0,9 ponto, para 73,2 pontos, e o que mede a situação econômica no momento aumentou 1,1 ponto, para 84,2 pontos, o maior valor desde fevereiro de 2019.
Houve queda da confiança para consumidores de todas as classes de renda exceto para aqueles com renda familiar mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil, cujo ICC aumentou 0,4 ponto.
A maior contribuição negativa no mês vem das famílias com renda entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, com queda de 0,4 ponto, para 93,6 pontos, devido à volatilidade do indicador que mede as intenções de compras de bens duráveis.
“O resultado de novembro confirma a tendência de desaceleração da confiança pelo terceiro mês seguido, sugerindo que a liberação do FGTS e a gradual redução da taxa de desemprego ainda não foram suficientes para recuperar o ímpeto de compras dos consumidores, que continuam cautelosos. Um final de ano difícil ainda para os consumidores, principalmente para os de menor poder aquisitivo”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.