A confiança do consumidor, medida pelo Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), caiu novamente em abril saindo dos 48,4 pontos no quarto mês do ano e ficando com 47 pontos em junho. O INEC é medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A queda de 1,4 ponto da confiança do consumidor, foi a segunda seguida do índice e deixou o INEC ainda mais longe da linha divisória dos 50 pontos, indicando que a confiança caiu. No entanto, o indicador segue acima da média histórica de 46,1 pontos.
Além disso, na comparação anual, o desempenho deste ano está 6,7 pontos acima do registrado em junho de 2018. Entretanto, na época o índice foi prejudicado por conta da greve dos caminhoneiros, que aconteceu no final de maio.
Saiba mais: Confiança do setor de serviços sobe 2,2 pontos em junho, segundo FGV
Renda x dívidas
O estudo apontou que todos os índices que compõe a confiança do consumidor pioraram entre abril e junho deste ano.
O índice de endividamento passou de 49 pontos para 51 pontos, mostrando que o endividamento do brasileiro aumentou. Enquanto isso, as expectativas para o aumento de renda caiu de 50,5 pontos para 49,7 pontos, mostrando que os consumidores já não acreditam tanto em um aumento de renda.
Além disso, o indicador que avalia a evolução futura do desemprego piorou. O índice que estava em 54,7 pontos e passou para 56,4 pontos.
INEC
A CNI realizou a pesquisa junto com o Ibope. Entre 20 e 23 de junho foram entrevistadas 2 mil pessoas em todos o país.
De acordo com a confederação, o indicador que calcula a confiança do consumidor ajuda a antecipar a variação da atividade econômica. Isso porque se os consumidores estão menos confiantes logo compram menos e, com isso, a recuperação da economia é prejudicada.