A confiança do consumidor aumentou em 3,7 pontos no mês de maio, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficando em 76,2, mas recuperando somente 81% da queda registrada em março.
A divulgação do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), nesta terça-feira (25), assim, aponta uma média móvel trimestral que apresenta uma queda de 0,6 ponto.
“Em maio, a confiança dos consumidores manteve a tendência positiva observada no mês anterior. Houve ligeira melhora da percepção das famílias sobre o momento atual, que atingiu nível mínimo em março, e aumento das perspectivas em relação aos próximos meses. Mas mesmo otimistas com relação à situação econômica do país nos próximos meses, a expectativa das finanças pessoais não avança e o ímpeto para consumo continua muito baixo”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em maio, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 4,2 pontos, para 68,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 3,2 pontos, para 82,4 pontos.
A percepção dos consumidores em relação à situação econômica geral no momento atual aumentou 2,3 pontos em maio, para 73,9 pontos. O componente que mede a satisfação sobre as finanças pessoais atualmente subiu 5,9 pontos, para 64,1 pontos.
O item que mede as perspectivas para a economia nos próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança em maio, com avanço de 8,9 pontos, para 109,6 pontos. As expectativas em relação à situação financeira das famílias nos próximos meses permaneceram estáveis, com o indicador acomodando em 86,4 pontos.
O componente que mede o ímpeto para compras de bens de consumo duráveis ficou em 53,5 pontos, patamar extremamente baixo em relação ao pré-pandemia. Entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2020, o valor médio do item de compras previstas de bens duráveis foi de 82,7 pontos.
Confiança do consumidor apresenta distinção entre classes sociais
“Apesar do resultado positivo desse mês ter sido disseminado por todas as classes de renda e capitais, observa-se que consumidores possuem patamares de confiança bastante distintos e a diferença entre classe de renda baixa e alta tem atingido patamares elevados desde o final do ano passado”, completou Viviane Seda.
No mês de maio, houve avanço na confiança em todas as faixas de renda, com destaque para as famílias com renda mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, cujo ICC aumentou 7,8 pontos, para 69,2 pontos, patamar historicamente ainda baixo.
Na faixa de renda mais pobre, que recebe até R$ 2.100,00 mensais, o ICC ficou em 69,5 pontos, ao passo que na faixa mais rica, com renda mensal superior a R$ 9.600,00, o ICC foi de 85,3 pontos.
A Sondagem do Consumidor – utilizada para mensurar a confiança do consumidor – coletou informações de 1.628 domicílios, com entrevistas entre os dias 1 e 21 de maio. A margem de erro é de 2,2% e a confiabilidade probabilística, 95%.
Com informações do Estadão Conteúdo