Conecta Lá ‘cura’ dores de plataformas de marketplace e quer dominar o mercado

A Conecta Lá, plataforma que oferece soluções para gestão de marketplace, surgiu em 2018 com a intenção de curar dores do mercado, para empresas ou seus vendedores (chamados sellers).

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Fernando Schumacher, CEO da Conecta Lá, e Filippe Mey, COO da startup, já se conheciam há mais de uma década quando decidiram juntar forças e montar seu próprio negócio. Eles trabalharam juntos em uma plataforma de e-commerce e, depois, foram ganhando experiência no setor de varejo online.

Após uma conversa sobre o que estava faltando no mercado para as plataformas, os executivos promoveram uma pesquisa para entender os desafios dos sellers de marketplaces. Chamaram 15 sellers já conhecidos por ambos e, assim, acabaram identificando, numa escala maior, quais eram os problemas.

Com os resultados da pesquisa e a expertise de Schumacher e Mey, a conclusão foi que não existia um sistema no mercado que ajudasse marketplaces a terem uma gestão controlada, que também gerasse escala de forma automatizada.

Com ideia na cabeça, faltava o produto. O desenvolvimento ocorreu ao longo de dois anos e. mesmo antes de estar pronto, a Conecta Lá recebeu seu primeiro aporte de uma aceleradora no final de 2019.

Em abril de 2020, a Conecta Lá já estava com uma versão do seu produto, o Seller Center.

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O produto ajuda operações de marketplace a serem, de fato, bem geridas. A intenção da startup é dar ao marketplace o controle de serviço do seller, verificar sua reputação, além de controlar expedição de pedidos, cancelamentos e status.

Outros serviços dentro do sistema da Conecta Lá incluem a apuração de pedidos com atrasos de faturamento e no transporte. “Isso tudo ajuda o marketplace a ter uma operação otimizada e eficiente, e evita que o consumidor final crie algum tipo de rejeição com o marketplace”, diz Filippe.

Há também uma curadoria dentro do sistema de publicação do marketplace, com regras bem definidas sobre o que pode ou não ser publicado dentro das lojas dos sellers de uma forma automatizada.

“Como é um sistema para ajudar em escala, não faz sentido ter um time operacional por trás de cada coisa. O sistema reporta para um time mais enxuto da empresa para tomar as devidas decisões, e de repente inativar algo”, explicou Filippe.

Ele também destaca que, para o marketplace, todo o sistema é uma operação nova. “Até certo momento ele era um e-commerce e comprava da indústria, colocava a margem dele e vendia para o cliente. Como marketplace, não controla só estoque, precisa ser vigilante com todo o aglomerado de sellers que estão trazendo produtos diferentes que vendia, com operações, origens e categorias distintos”, afirmou.

Sócios da Conecta Lá. Foto: Conecta Lá/Divulgação
Sócios da Conecta Lá. Foto: Conecta Lá/Divulgação

Principais clientes da Conecta Lá

O sucesso de mercado da Conecta Lá os levou não apenas a receber mais um segundo aporte, mas também foi encaminhado ao cliente que buscava desenvolver seu próprio sistema: o Grupo Soma (SOMA3).

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Em outubro de 2020, o Grupo Soma passou a ter seu próprio marketplace com a ajuda da startup, conectando cinco marcas diferentes da empresa (Animale, Farm, Foxton, A Fábula e Maria Filó) em um único lugar, o SomaPlace. Assim, todos os sellers das marcas se reúnem em um só lugar para a venda online.

O Grupo Soma é o proprietário do catálogo de produtos e o responsável pela gestão dele, padronizando e unificando as campanhas. Toda a personalização e logística é feita pela empresa, utilizando o seller center da Conecta Lá.

Outro cliente que adotou o sistema da startup foi a Raia Drogasil (RADL3). Vendo tanta promessa e potencial no sistema da Conecta Lá, a companhia decidiu, por meio da RD Ventures, fazer um aporte e a compra de uma fatia de 12,5% na startup.

Pelo seller center Conecta Lá, a Raia Drogasil consegue acessar diversas soluções, além de manter uma boa gestão do negócio e um relacionamento alinhado com os vendedores. Outro ponto positivo na parceria entre as empresas é a redução do custo transacional do marketplace, o que contribui para a ambição de oferecer um sortimento mais completo de produtos de saúde e bem-estar e com alto nível de satisfação de clientes e seller.

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O que vem pela frente

Filippe afirma que a Conecta Lá vai encerrar 2022 com 40 projetos, todos com clientes diferentes. A meta para 2023 é fechar com 100.

“O mercado tem muito potencial, pouca penetração para o consumidor. Tem um caminho grande para crescer”, afirma o diretor operacional.

Filippe acredita que ainda não é o momento de partir para internacionalização. Mas já poderia ter se estabelecido no exterior: a empresa atua com plataformas fora do país por meio de integração com outras empresas, como a Vtex. “Qualquer operação de e-commerce que deseja virar marketplace a gente pode entrar como solução. E é uma solução importante para gerar escala”, explica.

Nacionalmente, o mercado de varejo online faturou cerca de R$ 87 bilhões em 2020, R$ 160 bilhões em 2021 e caminha, de acordo com Filippi, para um número próximo de R$ 180 bilhões. “Se a gente faz um movimento de internacionalização agora, acaba abrindo mão do mercado interno. o que não queremos. Mas pode acontecer no futuro próximo”, prevê.

A Conecta Lá utiliza o sistema da Amazon Web Services, a AWS, para tudo: desde o início da operação da startup, a AWS esteve presente como serviço de nuvem e é o sistema em que todos os produtos se alinham. Enquanto a startup cresce, seus laços com a AWS se fortalecem.

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Victória Anhesini

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