O Brasil produzirá 118,8 milhões de toneladas de soja na safra 2018/19, de acordo com as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (10).
A previsão deste mês é menor que a estimada em dezembro, onde eram previstos 120,06 milhões de toneladas de soja na safra. O principal motivo do recuo é a irregularidade das chuvas e altas temperaturas que acabaram prejudicando a lavoura de alguns estados.
Embora o plantio tenha sido histórico, com 36 milhões de hectares, o órgão não estima mais uma produção recorde para este ano. Isso, porque a safra atual não baterá o volume da safra 2017/18 que foi de 119,3 milhões de toneladas colhidas.
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Safras prejudicadas pelo clima
De acordo com a Conab, o “agravamento climático poderá provocar quebra da produtividade” em Mato Grosso do Sul.
Além disso, a companhia aponta que as lavouras do estado estão com mais de 25 dias sem chuva. “Atrelada à falta de chuvas no segundo decêndio de dezembro, as temperaturas máximas e mínimas foram elevadas no estado, situando-se bem acima da normal climatológica do período”, disse o órgão.
O Paraná, segundo maior produtor de soja do país, também tem perdas previstas na produção do grão, principalmente por conta do tempo quente e seco.
“Acredita-se que para algumas lavouras os danos serão irreversíveis mesmo se as chuvas normalizarem, uma vez que a ocorrência das condições climáticas adversas, particularmente na parte oeste do estado, coincidem com o fato de a maior parte das lavouras estarem nos estágios de floração e frutificação”, afirma o Conab.
O órgão também apontou problemas na safra de Goiás. Entretanto, Mato Grosso, líder na produção nacional, teve impacto mais limitado na produção do grão.