O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou nesta quinta-feira (27) que a liberação do compulsório divulgada pelo Branco Central não altera as operações dos bancos.
Segundo Lazari, para que o efeito da liberação do compulsório seja maior é necessário aprovar as reformas. Assim, a demanda por crédito será destravada. O CEO do Bradesco ressaltou que não adianta disponibilizar mais recursos quando não se tem demandantes.
“O que acontece hoje é que a gente não tem procura por crédito, por causa de todos os problemas que o país está vivendo. Tão importante quanto a liberação de compulsório, é que reformas aconteçam”, afirmou o economista.
O presidente da instituição financeira falou ainda sobre a importância de debater a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) na reforma tributária. Para que, dessa forma, a reforma da Previdência possa tratar exclusivamente da redução de despesas e ocorrer “com o nível de desidratação menor possível”.
“Se tiver que aumentar CSLL, vamos fazer isso, mas lá na reforma tributária. O que acreditamos é que este tipo de discussão, que é um aumento de receita fiscal para o governo, deveria ser discutida na reforma tributária e não na reforma da previdência, que deve se concentrar basicamente na redução de despesas”, disse Lazari.
Guedes libera R$100 bi em compulsório
O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou nesta quinta-feira que o governo liberará R$ 100 bilhões em crédito compulsório. Por meio da liberação, o ministro afirmou que pretende estimular o crédito privado.
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“Nosso primeiro desafio é a reforma da Previdência, mas faremos também a reforma tributária e o Pacto Federativo. Estamos desestatizando o mercado de crédito e ontem (quarta) o Banco Central já liberou compulsórios para aumentar o crédito privado.”, afirmou o ministro.
BC reduz depósito compulsório
O Banco Central (BC) cortou a alíquota do depósito compulsório das instituições financeiras sobre recursos a prazo. De 33%, o novo percentual passa para 31%. A novidade entra em vigor em 1º de julho.
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Com a mudança no compulsório, o Banco Central espera que R$ 16,1 bilhões sejam injetados na economia. Ainda conforme o BC, os efeitos da injeção devem começar a partir de 15 de julho.