O relatório do Digital Economic Index da Adobe (em português, indicador econômico digital) informou nesta terça-feira (11) que os consumidores americanos estão a caminho para superar o total de compras de e-commerce registradas em 2019 já no início de outubro. Embora o crescimento explosivo do comércio eletrônico impulsionado pela pandemia esteja começando a desacelerar à medida que partes dos EUA tentam reabrir.
Dados do relatório sugerem que os norte-americanos já gastaram US$ 435 bilhões (ceca de R$ 2,34 trilhões) em compras de e-commerce desde o início do ano. Dessa forma, analistas estimam que quase US$ 100 bilhões em gastos se devem aos efeitos causados pela pandemia do coronavírus (covid-19) nos hábitos dos consumidores.
Nos níveis de crescimento atuais, os americanos terão ultrapassado os gastos de e-commerce totais de 2019 até 5 de outubro. Vale ressaltar que essa data é prévia à grandes dias para o comércio estadunidense, como Prime Day da Amazon, o Black Friday, a Cyber Monday e o Natal.
“Acabamos de treinar o consumidor para comprar de uma maneira diferente”, disse Sonia Lapinsky, da consultoria de varejo AlixPartners ao jornal “Financial Times”. “Eles agora estão confortáveis em casa. Eles estão acostumados a comprar coisas sem nunca ter que sair de casa”.
Entretanto, a análise da Adobe, compilada usando dados de transações anônimas de 80 dos 100 principais varejistas online, sugere algum nível de ansiedade para retornar às lojas físicas assim que as condições permitirem. Embora cada mês, desde março, tenha trazido um novo recorde de vendas para compras online, os gastos de US$ 66,3 bilhões em julho aumentaram 55% em relação ao ano anterior, disse a Adobe, em comparação com um crescimento de mais de 70% em cada um dos dois meses anteriores.
Os estados que afrouxaram as regras de “lockdown” viram um aumento menor nos gastos de e-commerce, quando comparados com as áreas onde medidas mais rígidas ainda estavam em vigor ao longo do mês de julho.
Assim como o retorno foi modesto para estabelecimento e lojas físicas, os níveis de gastos também caíram “à medida que as famílias apertaram o cinto devido à queda nos níveis de emprego e cortes iminentes nos benefícios de desemprego”, disse o analista da Adobe, Vivek Pandya, ao jornal britânico.
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A luta constante da Amazon para cumprir com sua promessa de delivery de um ou dois dias criou uma abertura para concorrentes como Walmart e Target. Essas empresa de e-commerce têm a vantagem de contar um número maior de locais físicos muito mais próximos das comunidades, oferecendo entrega rápida e permitindo aos clientes dirigirem até o local mais próximo e buscar itens imediatamente.