A aquisição da Tiffany pela controladora da Luis Vuitton e da Bulgari, a LVMH, foi aprovada pelos acionistas da joalheira na última terça-feira (4). O valor total da operação foi de US$ 16,2 bilhões (R$ 68,94 bilhões).
De acordo com o comunicado de imprensa da LVMH, a transação deve ser finalizada em meados de 2020 devido as aprovações de órgãos reguladores. O dono do grupo, Bernard Arnault, celebrou a aprovação dos acionistas da Tiffany que segundo o francês “representa um passo significativo”.
Trata-se da maior compra da história da LVMH sob o comando de Arnault, um dos homens mais ricos do mundo, principal executivo e acionista controlador do grupo há cerca de 30 anos.
O grupo controlador de 75 marcas está avaliado em US$ 220 bilhões, com uma receita anual de US$ 50 bilhões e possui uma grande participação no mercado de artigos de luxo.
A marca mais forte é a Louis Vuitton que, segundo algumas estimativas, equivale a 25% da receita do grupo. A empresa vende artigos de couro em mais de 450 lojas ao redor do planeta.
A holding tem se destacado como uma das empresas mais bem-sucedidas do setor de consumo de alto padrão. A LVMH detém as seguintes empresas:
- Fendi
- Christian Dior
- Bulgari
- Sephora
- Hublot
- Dom Perignon
- Chandon Estates
- Marc Jacobs
- Le Bon Marché Kenzo Parfums
- Royal Van Lent
Tiffany é uma das principais marcas de luxo do grupo
A Tiffany, especialista em pulseiras, anéis e diamantes, possui 300 lojas e levanta cerca de US$ 4,4 bilhões por ano em receita. Desse valor, cerca de US$ 2 bilhões vem da Ásia, seu principal mercado consumidor.
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A marca de 182 anos está procurando se reestruturar por meio de seu novo executivo-chefe, o CEO Alessandro Bogliolo. A Tiffany promoveu uma expansão para a China e se ramificou em joias de moda, com o objetivo de seduzir uma clientela mais jovem em todo o mundo.
Os rumores da negociação começaram em meados de outubro, quando o executivo da LVMH, Antonio Belloni, almoçou em Nova York com Bogliolo. Os executivos da Tiffany mostraram-se abertos a uma negociação, pois, segundo eles, seria o melhor meio para uma recuperação, com o apoio da LVMH.