Companhias aéreas pedem auxílio de US$ 200 bilhões para não quebrarem

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) informou nesta quarta-feira (18) que as companhias aéreas precisarão de um valor de US$ 150 bilhões (cerca de R$ 778,5 ) até US$ 200 bilhões para não quebrarem.

De acordo com a entidade que reúne as 300 maiores companhias aéreas do mundo, o montante foi estimado devido aos impactos do novo coronavírus (covid-19) no setor aéreo.

A projeção foi feita após uma consultoria australiana de aviação informar que havia a possibilidade de a maioria das empresas aéreas entrar em falência. A avaliação prevê que em razão da pandemia as companhias poderiam quebrar até o final do mês de maio.

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Da mesma forma, a IATA projeta que cerca de 75% das empresas do setor de aviação tem capital para manter de um a três meses de suas despesas regulares.

Conforme as informações, as empresas latino-americanas dispõe de apenas metade do dinheiro em caixa para cobrir suas dívidas que vencem nos próximos 12 meses. Em comparação, em outras regiões do globo as companhias apresentam o suficiente para bancar entre 50% e 80% de suas dívidas que vencem no mesmo período.

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Ao lado das empresas de turismo, o setor de aviação foi um dos mais afetados pela pandemia. As companhias registraram preocupações após a queda brusca na procura de passagens e, em seguida, as restrições de quase 80 países sobre viagens

“Nestes tempos extraordinários, pedimos aos governos para tomar algumas medidas extraordinárias”, afirmou o presidente da IATA, Alexandre de Juniac.

Medidas exigidas pelas companhias aéreas

Para evitar o colapso das companhias aéreas, a entidade listou uma série de medidas para serem tomadas a fim de proteger as empresas.

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Dentre elas, os governos devem suspender as regras para manutenção de ‘slots’ (os horários de pouso e decolagem) nos aeroportos. A medida já havia sido tomada pela União Europeia (UE) e pelo Brasil, que flexibilizaram as regras até junho. A IATA, no entanto, solicita a expansão até o final deste ano.

A entidade informou que a flexibilização não é o bastante e que será necessário um auxílio financeiro às companhias aéreas. Para isso, a IATA listou três medidas de cunho financeiro para prestar socorro às empresas:

  • Suporte financeiro direto;
  • empréstimos, garantias de empréstimos e suporte ao mercado de títulos corporativos
  • Isenção de impostos, descontos ou suspensão de todas das taxas para 2020

De acordo com a associação, as medidas dariam suporte ao caixa das companhias aéreas que diminuiriam suas despesas. Ao mesmo tempo, compensaria a perda na receita e a redução do número de voos.

Arthur Guimarães

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