Investir os primeiros R$ 1 mil é uma tarefa bastante desafiadora. O medo de perder dinheiro, a falta de conhecimento sobre como investir e a tentação de entrar em esquemas aparentemente lucrativos, como pirâmides financeiras, são obstáculos comuns que podem assustar quem está começando.
Além disso, entender o próprio perfil de investidor, as particularidades dos ativos disponíveis no mercado e os conceitos básicos do universo dos investimentos requer tempo, dedicação e estudo constante. Mais do que isso, conseguir poupar e investir de forma regular também pode ser um desafio para muitas pessoas.
Neste contexto, buscar informação em fontes confiáveis e contar até mesmo com o apoio de especialistas para conseguir traçar estratégias claras são algumas das formas de dar os primeiros passos com confiança.
Como investir: primeiros passos para o iniciante
De acordo com Tales Barros, especialista em renda variável da Status Invest Assessoria, entender qual é o seu perfil de investidor é o primeiro passo para quem quer começar a investir. Uma das maneiras de fazer isso é utilizar questionários oferecidos pelas corretoras de investimentos, que ajudam a identificar se você é um investidor conservador, moderado ou arrojado.
“O mais comum é o cliente iniciar através dos fundos imobiliários, haja vista que ainda que sejam negociados em ambiente de bolsa, costumam ter oscilações muito menores, além de pagarem dividendos com muito mais recorrência”, explica o especialista.
Antes de passar para ativos mais arrojados, como as small caps, por exemplo, é importante que o investidor se familiarize com as oscilações do mercado e, durante esse processo, estude sobre os papéis que podem fazer sentido para sua estratégia de investimentos.
“O investidor iniciante deve ter sempre em mente que a performance dos ativos são fatores que não estão no seu controle, ao contrário da fidelidade a estratégia e da disciplina nos aportes. Janelas de oportunidades se abrem e fecham inúmeras vezes de tal maneira que o controle emocional nunca pode ser perdido”, explica ele.
O que fazer e não fazer ao começar a investir
Antes mesmo de começar a investir, é fundamental estruturar uma reserva de emergência, que consiste em um montante guardado para despesas inesperadas. É necessário guardar esse valor em uma aplicação com liquidez imediata, segurança e baixa volatilidade, para que seja possível utilizá-lo de forma repentina, se necessário.
“Idealmente o investidor já deveria possuir sua reserva de emergência devidamente estruturada quando iniciar suas aplicações. Isso pois em um eventual momento adverso o investidor não tenha que de imediato comprometer parte de seus investimentos”, explica Barros.
Por outro lado, o especialista destaca que a falta de disciplina, tanto com novos aportes quanto com a estratégia definida, são alguns dos principais erros cometidos por quem está aprendendo como investir. “Investir muitas vezes exige certas renúncias, e a não compreensão do peso de algumas escolhas temporais podem ser fatais para o desempenho do investidor”, finaliza ele.
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