Como investir em renda fixa em 2023 e ter os melhores retornos?
Investir na renda fixa em 2023 tem se tornado uma das principais opções para obter bons proventos. Em meio a incertezas políticas e econômicas que podem afetar a renda variável, junto à escalada da taxa Selic, que fechou no último ano em 13,75%, os ativos de renda fixa ganharam mais atratividade.
No entanto, a dúvida que fica para muitos investidores é: como investir em renda fixa em 2023? Para ajudar a responder, o Suno Notícias consultou especialistas para entender como funciona esse tipo de investimento e como escolher os ativos mais rentáveis neste ano.
Por que a renda fixa é uma boa opção de investimentos em 2023?
“Visto o cenário de incertezas e volatilidade pós-eleições, a renda fixa tem sido uma alternativa muito bem vista e oportunidades atuais, atreladas a taxa de juros”, explica Lenon Rissardi, sócio da GT Capital.
Segundo ele, o investimento em renda fixa traz maior segurança, além de dar possibilidade de investimentos com taxas fixas, proteção contra a inflação e o benefício perante os juros no Brasil.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em dezembro, o Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano pela terceira vez consecutiva. Confira a evolução no gráfico abaixo:
Desta forma, diante do atual cenário global de aumento dos juros como instrumentos de política monetária para enfrentamento da inflação, os ativos de renda variável vêm sofrendo grandes quedas.
Em contrapartida, “os ativos de renda fixa costumam performar melhor na esteira dos juros mais altos”, explica Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos.
Como investir?
Assim como outros papéis financeiros, para investir em renda fixa é necessário ter um CPF regularizado e conta em uma corretora ou banco para que a transação seja concluída.
Além disso, os especialistas ouvidos pelo Suno destacam que, na hora de escolher o ativo, é importante analisar o valor de aplicação mínima, remuneração, data de vencimento e se há alguma taxa sobre essa operação.
Após escolher o que melhor se adequa ao seu objetivo, é só realizar a transação. O valor acordado irá retornar ao investidor na data prevista.
Quais são os tipos de investimento?
Embora o nome “renda fixa” possa fazer parecer que se trate de um tipo único de investimento, é preciso lembrar que esse produto pode ser bastante variado. Afinal, há diversos tipos de aplicações, ainda que com características similares.
É possível classificar os títulos de renda fixa em:
- Títulos públicos;
- Títulos privados.
Qual é a rentabilidade dos investimentos?
Embora a nomenclatura tenha a palavra “fixa”, nem sempre a rentabilidade nesse tipo de investimento será fixa. Isso porque existem alguns títulos que têm uma rentabilidade que varia conforme o índice ao qual o título está atrelado.
“A renda fixa define como será calculada a rentabilidade. Não se trata especificamente de receber uma renda efetivamente fixa. Basicamente, é um tipo de investimento conservador que passa a ser interessante no curto prazo”, afirma Costa, da Fatorial Investimentos.
Já Rafael Marques, CEO da Philos Invest, destaca que o diferencial da renda fixa está na menor volatilidade que os ativos de risco — como renda variável, dólar e bolsa de valores. Desta forma, ele reforça que há três tipos de ativos nessa modalidade de investimentos.
São eles:
- Pré-fixada: é estabelecido qual será a taxa durante determinado período;
- Pós-fixado: apresentam rendimento ao final do contrato e costumam estar atrelados a algum indicador macroeconômico, como o CDI;
- Híbrido: é determinado pela soma de uma taxa pré-fixada junto a uma taxa pós-fixada, normalmente atrelado ao IPCA.
Diante disso, Marques afirma que é aconselhável investir tanto em títulos indexados à inflação, “para não correr o risco de uma disparada e não ter o dinheiro sendo remunerado pela inflação”, quanto no pós-fixado em CDI, “pois para este ano e o próximo a taxa de juros estará elevada”.
Por onde começar a investir?
De acordo com os especialistas consultados pelo Suno Notícias, para escolher qual é a melhor aplicação em renda fixa, o investidor precisa definir quais são seus objetivos para curto, médio e longo prazo.
“Um dos caminhos mais indicados para quem quer começar a investir em renda fixa são os Títulos do Tesouro Nacional. Eles apresentam risco soberano e permitem montar diversificação com investimentos atrelados a taxa dejuros, ao IPCA e taxas pré-fixadas — onde sabemos a taxa contratada do início ao fim do título”, explica Rissardi, da GT Capital.
Além disso, ele destaca que os CDBs tendem a ser uma boa ideia para quem busca taxas melhores que o Tesouro, por atrelar ao risco do emissor. “Vale lembrar que CDBs têm o FGC, que mitiga o risco ao investir nesse setor.”
Desta forma, os especialistas alertam que não existe a melhor aplicação de renda fixa, mas, sim, aquela que mais se encaixa nas necessidades do investidor.