Como investir em ETFs com foco na aposentadoria?
Investir para a aposentadoria é essencial para assegurar uma segurança financeira no futuro, especialmente para aqueles que preferem não depender do INSS. Uma das opções mais relevantes para que investe para o longo prazo são os fundos de índice, conhecidos como ETFs (Exchange Traded Funds).

Para entender melhor essa estratégia, o Suno Notícias conversou com os analistas do time de Research da Investo, que destacaram que os ETFs são uma opção atraente para a aposentadoria devido à sua diversificação, baixo custo e facilidade de acesso a diferentes classes de ativos.
Eles destacaram ser interessante uma carteira com ETFs de renda variável para potencializar o crescimento a longo prazo, enquanto ETFs de renda fixa, especialmente os atrelados à inflação, ajudam a proteger o poder de compra.
Além disso, como no mercado existem diversos fundos com boa rentabilidade, tê-los em carteira é essencial para quem quer viver dos seus investimentos no futuro, uma vez que “a maioria dos gestores profissionais não superam índices amplos de mercado”, comenta.
Porém, isso requer conhecimento do perfil do investidor antes da seleção dos ETFs. A reserch ressalta que, ao focar na aposentadoria, é importante optar por ETFs que combinem crescimento a longo prazo com uma resiliência em diferentes cenários econômicos.
A Investo menciona os ETFs de ações, tanto globais quanto nacionais, como boas opções, pois proporcionam a participação nos lucros de empresas em diversos países. O WRLD11, que replica o ETF VT, é citado como um exemplo que oferece acesso a milhares de empresas em mais de 40 países, promovendo uma maneira eficiente de captar a evolução da economia global ao longo dos anos.
Os ETFs de renda fixa, em particular aqueles atrelados à inflação, são igualmente relevantes. Eles oferecem proteção contra a corrosão do poder de compra, fundamental em um planejamento previdenciário.
Fase de acumulação de recursos com ETFs e usufruto
Durante a fase de acumulação de recursos, a regularidade nos aportes e a diversificação são priorizadas. A Research Investo observa que manter os custos baixos é essencial. “Os ETFs possibilitam investimentos em carteiras completas com valores acessíveis”, comenta.
A gestora também destaca também que a ausência de incidência de IOF e come-cotas, e a alíquota fixa de Imposto de Renda, tornam os ETFs uma opção tributariamente eficiente. Isso significa que ao longo de 20 anos, um patrimônio pode dobrar se comparado a um cenário onde houvesse pagamento antecipado de impostos.
Conforme o investidor se aproxima da aposentadoria, a composição da carteira deve ser ajustada. Inicialmente, a tolerância a riscos é maior, o que permite uma maior alocação em ETFs de renda variável. No entanto, à medida que a aposentadoria se torna uma realidade, a segurança dos ETFs de renda fixa deve ganhar relevância, promovendo estabilidade nesse período de transição.
Quando se atinge a fase de usufruto, os ETFs continuam a ser uma ferramenta útil. Os analistas comentam que aqueles que distribuem dividendos podem ser especialmente atrativos para gerar uma renda recorrente.
Entretanto, a Investo destaca que é viável manter ETFs que reinvestem os dividendos, optando por retiradas programadas por meio da venda de cotas. A chave para essa etapa é estabelecer uma estratégia de retiradas que respeite o perfil de risco e os objetivos do investidor.