Muitas pessoas dizem que alcançar o primeiro milhão é mais fácil depois de juntar os primeiros R$ 100 mil. Afinal, ao ultrapassar essa marca inicial, os investimentos são impulsionados pelos juros compostos e o patrimônio começa a crescer de maneira mais acelerada. No entanto, aprender como investir para atingir essa meta pode ser um dos maiores desafios na jornada do investidor.
Chegar aos primeiros R$ 100 mil exige não somente esforço e disciplina, mas também a definição de estratégias claras e realistas, com um portfólio diversificado e bem estruturado. Além disso, é fundamental ter paciência para conseguir tomar decisões inteligentes durante esse processo.
Aqui no Suno Notícias, já mostramos como investir para chegar ao primeiro milhão e também como investir após conquistar o primeiro milhão. A seguir, confira cinco dicas que vão te ajudar a acumular os primeiros R$ 100 mil!
Como investir para acumular R$ 100 mil
1. Conheça seu perfil de investidor
Antes de começar a investir, o primeiro passo é conhecer seu perfil de investidor. Existem três perfis principais: conservador, moderado e arrojado. Uma das maneiras mais simples para conhecer o seu perfil de investidor é preencher de forma sincera os formulários das corretoras de investimentos, que são propostos ao abrir uma conta em uma destas plataformas.
Cada um deles define o nível de risco que você está disposto a correr e quais os tipos de investimentos mais adequados. Com isso, entender sua tolerância ao risco evita decisões precipitadas e ajuda a manter a calma em momentos de volatilidade no mercado.
“O investidor precisa caminhar de acordo com o seu perfil e nunca medir a profundidade do rio com as duas pernas. Primeiro se coloca uma e, se der pé, vai a outra”, explica Josias Bento, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital.
2. Faça uma reserva de emergência
A reserva de emergência é a base para um planejamento financeiro bem estruturado. Sem ela, os investidores correm risco de precisar vender ativos em momentos inadequados e, consequentemente, perder dinheiro.
“Para quem está começando, é importante criar uma reserva de emergência equivalente a, pelo menos, seis meses dos custos fixos. A partir desse ponto, é possível começar a executar as metas propostas, sem esquecer da reserva de oportunidade. As aplicações mais recomendadas para a reserva de emergência e a reserva de oportunidade são ativos com altíssima liquidez, que rendam no mínimo 100% do CDI e possam ser resgatados a qualquer momento”, explica Alan Fornazier, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.
3. Diversifique seus investimentos
Uma das principais dicas para os investidores que querem chegar aos primeiros R$ 100 mil é a estruturação de um portfólio diversificado, alinhado a cada perfil de investidor.
De forma prática, isso significa que é importante construir uma carteira com diferentes classes de ativos, incluindo papéis de renda fixa atrelados à inflação, como forma de proteger o patrimônio, além de ações de diferentes setores, fundos de investimento e até ativos mais arriscados, caso faça sentido, como as criptomoedas.
“Chegando ao marco de R$ 100.000,00, uma classe indispensável são os ativos IPCA+ […] A porcentagem varia com o perfil de investidor, para quem for mais conservador será uma e o agressivo outra. Nesse caso não temos uma receita de bolo”, ressalta o sócio da GT Capital.
De acordo com Fornazier, incluir alternativos que distribuem dividendos também é uma boa alternativa dentro deste contexto. “Para quem deseja uma renda mensal, é possível planejar para receber juros semestrais ou mensais em ativos de renda fixa, assim como na renda variável, ao buscar ações que pagam dividendos, além de fundos imobiliários, Fiagros e fundos de infraestrutura”, explica ele.
4. Invista no exterior
Expor parte do patrimônio a uma moeda estrangeira também é uma estratégia importante para os investidores que querem chegar aos primeiros R$ 100 mil. De acordo com o sócio da GT Capital, é importante buscar moedas fortes, como o dólar e o euro, por exemplo, para “fugir do risco país”.
Além de investir diretamente em ativos no exterior, por meio da abertura de uma conta em uma corretora de outro país, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) e os ETFs (Exchange Traded Funds) atrelados à indicadores de ativos estrangeiros, como IVVB11 e SPXI11, são formas de iniciar a exposição do patrimônio ao mercado externo.
5. Seja paciente
Por fim, ser paciente pode ser a dica mais difícil da lista. Contudo, a ansiedade por resultados rápidos pode levar a decisões impulsivas e prejudiciais ao patrimônio. “O grande aliado do investidor é o tempo, e caminhar de acordo com o seu perfil é fundamental para evitar erros graves”, ressalta Bento.
Além disso, segundo o sócio da The Hill Capital, é fundamental que os investidores entendam como investir de maneira responsável e não incluam muitos ativos arrojados no portfólio como forma de alcançar esse objetivo rapidamente. “Assim como o cardiologista ajusta a dose do remédio conforme o paciente com pressão alta, a inclusão dessa classe de ativos mais arriscados deve ser feita de forma gradual. Isso garante que, em caso de uma forte oscilação negativa, o impacto no patrimônio e no psicológico do investidor seja minimizado”, finaliza Fornazier.
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