Com a intensificação da presença da inteligência artificial (IA) no cotidiano, novas ferramentas e usos são dados para esta tecnologia todos os dias. Junte isso com o fato de que uma pessoa leva mais de 5 horas em média pesquisando sobre passagens, revisando cerca de 141 páginas de conteúdo de viagens.
Os dados são de uma pesquisa com mais de 5.700 viajantes do Expedia Group, controladora do Hoteis.com e Expedia, e apontam que um tempo muito longo que muitas pessoas não estão mais dispostas a gastar.
Novas IAs generativas, ou seja, aquelas capazes de escrever textos e criar imagens e vídeos, podem ser desenvolvidas para auxiliar os turistas na hora de estruturar, pesquisar e até orçar uma viagem.
Mas será que isso já funciona? Segundo a jornalista Monica Pitrelli, da CNBC, “não”. Suas tentativas com o ChatGPT trouxeram dados desatualizados e um limite de informações, visto que o banco de dados dele está limitado até setembro de 2021.
Entretanto, isso pode estar perto de mudar.
Algumas companhias que já caminharam nesta direção foram:
- Trip.com, de Singapura: em fevereiro, lançou o chatbot em seu aplicativo, o TripGen, arquitetado pela OpenAI;
- Expedia e Kayak estavam no primeiro lote de plug-ins do ChatGPT em março;
A Expedia anunciou em abril o lançamento teste de um chatbot com IA; - Em maio, a eDreams Odigeo uniu-se ao Programa de testes de IA Google Cloud’s AI “Trused Testers Program”;
- Também em maio, o Airbnb anunciou planos de incorporar o GPT-4 em sua interface.
Enfim, quando chegou o verão do hemisfério Norte, TripAdvisor, Booking, RyanAir e outras empresas do setor de turismo também começaram a lançar versões de teste para planejamento de viagens com IA.
Tchau para os agentes de viagem? Funções da IA para viajar
Segundo especialistas por dentro do assunto para a CNBC, é esperado que a IA comece a desempenhar novos papeis no planejamento de viagens:
- Planejar itinerários;
- Fazer o orçamento de passagens e hospedagens;
- Funcionar como um agente de viagens personalizado.
O CEO do Airbnb, Brian Chesky, em uma conferência de resultados em maio deste ano, afirmou que a inteligência artificial pode mudar a forma da plataforma de hospedagens de funcionar.
“Ao invés de perguntar questões como: ‘Onde você está indo e quando vai?’, eu quero construir um perfil mais robusto sobre você [usuário], aprender mais sobre você e te perguntar duas questões maiores e fundamentais: Quem é você e o que você quer?'”, explicou Chesky.
Além disso, segundo o site de viagens Skift, as companhias estimam que o uso da inteligência artificial poderia trazer um valor de até US$ 1,9 bilhão para a indústria, permitindo que as companhias direcionassem os funcionários para trabalhos mais complexos.