Hoje (18), os contratos futuros de commodities como soja, milho e trigo dispararam na Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, indo em contramão às demais bolsas por causa da pressão vinda da China.
Analistas apontam que um dos motivos da alta das commodities é o clima quente e seco que afeta o cinturão agrícola dos EUA. Com isso, os contratos de soja se aproximaram das máximas.
Segundo a Reuters, os Estados Unidos têm pouco espaço para perdas de safras devido ao clima desfavorável, porque o governo já projeta escassez de oferta de soja.
Na próxima semana, condições mais quentes e secas são esperadas nos EUA, com chuvas limitadas ao extremo norte das Planícies e no extremo norte do Meio-Oeste, disse a empresa meteorológica Maxar.
Cotação das Commodities
Para novembro, a soja subiu US$ 13,5325 dólares o bushel, tendo atingido seu preço mais alto desde 31 de julho.
Por sua vez, o milho subiu para US$ 4,93 dólares a bushel, em meio a previsões de calor e seca no Meio-Oeste.
Bolsas em NY fecham dia mistas, mas têm 3ª semana seguida de quedas
As bolsas de Nova York encerraram a sexta-feira, 18, com desempenho misto, culminando em uma terceira semana consecutiva de perdas acumuladas. A trajetória negativa reflete a crescente cautela diante da conjuntura econômica global, especialmente ampliada pela crise imobiliária na China, que se aprofundou nos últimos dias.
O índice Dow Jones fechou com um pequeno aumento de 0,08%, atingindo os 34.501,88 pontos; o S&P 500 recuou ligeiramente 0,01%, fechando em 4.370,04 pontos; e o Nasdaq teve uma queda de 0,20%, chegando a 13.290,78 pontos. Em relação à semana anterior nas bolsas americanas, o Dow Jones caiu 2,21%, o S&P 500 perdeu 2,11% e o Nasdaq teve uma queda significativa de 2,59%. Isso coloca o índice Nasdaq em sua maior retração de três semanas desde dezembro de 2022, de acordo com os dados do Dow Jones Market Data.
“Podemos estar observando uma postura mais cautelosa em todo o mercado devido a sinais de um possível abrandamento do crescimento em uma escala mais ampla”, apontou Andrew Lawrence, CEO do Censo sobre o desempenho das bolsas em Wall Street.
O foco desta sessão foi direcionado para as notícias recentes de que a incorporadora chinesa Evergrande apresentou um pedido de recuperação judicial (capítulo 15) nos Estados Unidos. Além disso, a Bloomberg relatou um aumento no número de construtoras estatais listadas em Hong Kong e na China continental, que informaram perdas preliminares nos seis meses encerrados em 30 de junho.
Ao longo da semana, o mercado acionário norte-americano também enfrentou pressões decorrentes do aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro, com o título de 30 anos atingindo patamares recordes na quinta-feira.
No setor do agronegócio americano, os contratos futuros de commodities na Bolsa de Chicago tiveram uma disparada.