Comissão especial da reforma da Previdência deve votar em junho
O presidente da comissão especial da Câmara Federal, que analisará a reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PR), afirmou nesta terça-feira (30) que o parecer da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) deverá ser votada em junho na Casa.
O cronograma previsto pelo presidente da comissão especial deve-se à expectativa do chefe dos deputados. Rodrigo Maia (DEM) almeja votar o texto da reforma da Previdência em plenário em julho.
“Se o presidente [da Câmara] Rodrigo Maia quer fazer a votação em plenário em julho, vamos montar o cronograma para terminar os trabalhos em junho. Acontece que existem elementos nesse debate que independem de nós. Porque a elaboração do relatório na comissão tem que ser coordenada com a construção de maioria no plenário. Não adianta votar na comissão especial sem ter a garantia de maioria no plenário”, afirmou Marcelo Ramos.
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Nesta terça-feira, Ramos reuniu-se com:
- o relator da reforma da Previdência da comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP);
- e com o vice-presidente da comissão, deputado Silvio Costa Filho (PRB).
O objetivo da reunião foi definir um cronograma, que será apresentado aos coordenadores de bancada dos partidos que compõem o colegiado. A apresentação ocorrerá na próxima terça-feira (7), na primeira reunião ordinária da comissão.
O cronograma prevê que 11 audiências públicas sejam feitas em maio. Ou seja, cerca de três vezes por semana. A equipe econômica e representantes de corporações e da sociedade civil devem ser ouvidos.
“Temos 130 sugestões de pessoas a serem ouvidas em requerimentos protocolados. A nossa ideia é ouvir entre 50 e 60 pessoas, as mais variadas, desde representantes de associações corporativas, técnicos, acadêmicos, a equipe do ministério da Economia”, informou o deputado.
Reforma da Previdência votada na comissão em junho, mesmo?
Marcelo Ramos também se reuniu com os deputados da oposição:
- Júlio Delgado (PSB);
- e Orlando Silva (PCdoB-SP).
E, mais tarde, os três representantes da comissão da Câmara devem encontrar o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, no ministério da Economia.
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À “Agência Brasil”, Orlando Silva disse que “a reunião com o presidente da comissão especial foi muito produtiva. Tratamos de procedimentos. Ficou claro que não vai ter açodamento. Existe um regimento que vale para o governo e para a oposição. É necessário um debate aprofundado”.
Júlio Delgado, por sua vez, opinou que acredita ser difícil que o parecer da comissão especial seja de fato votado em junho. “Não precisa ter pressa para fazer a coisa [reforma da Previdência] direito que acolha o sentimento de todos os brasileiros”, disse Delgado. “O mais importante é ter algo atingindo aqueles que são privilegiados.”