Comissão dos EUA considera intimar executivos do Facebook a depor
A Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) dos EUA informou nesta sexta-feira (17), que está considerando intimar os principais executivos do Facebook (NASDAQ: FB) a depor. O CEO Mark Zuckerberg, e a diretora de operações, Sheryl Sandberg, foram convidados a fazer um depoimento como parte da investigação sobre as práticas monopolistas ilegais da rede social.
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Os executivos de alto escalão do Facebook estão se preparando para possíveis depoimentos futuros, porém no momento, a empresa está planejando a aparição de Zuckerberg, agendada para 27 de julho, no Subcomitê Judiciário Antitruste da Câmara. Nesse depoimento, ele e outros executivos das gigantes de tecnologia norte-americanas devem ser interrogados pelos legisladores por questões relacionadas às suas práticas de negócio.
Quando os funcionários do FTC anunciaram o acordo de privacidade de bilhões de dólares com o Facebook no ano passado, eles reconheceram que existia a possibilidade de que Zuckerberg teria que depor, como uma maneira de extrair um acordo maior com a empresa.
Um porta-voz do Facebook disse que a empresa demonstra de diversas maneiras às autoridades estadunidenses que sua “inovação oferece mais opções para os consumidores”. O porta-voz acrescentou que o Facebook espera compartilhar suas opiniões sobre o cenário competitivo ao lado de outros líderes de tecnologia ainda este mês na audiência do congresso.
O FTC tem conduzido investigações para saber se o Facebook adotou práticas monopolistas ilegais, incluindo a possibilidade de ter desenvolvido uma estratégia de comprar potenciais rivais, com o objetivo de evitar futuras ameaças competitivas.
Compartilhamento de dados do Facebook causa conflitos
O tribunal de justiça da União Europeia (UE) determinou, na última quinta-feira (16), que as empresas que transferem dados pessoais de usuários da região terão de fornecer as mesmas proteções de companhias intrabloco. A disputa legal foi instaurada em 2013, com a denúncia de que o Facebook e outras empresas estariam enviando indevidamente dados aos EUA.
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O acordo entre o bloco europeu e os norte-americanos, criado em 2015 e que ficou conhecido como “Escudo de Privacidade”, permitia a transferência de dados de usuários europeus aos EUA. À época do acordo, o Facebook foi denunciado pelo jurista europeu Max Schrems, alegando que a transferência das informações pessoais “não era válida e não protegia adequadamente os cidadãos europeus”.