Comércio perdeu 80 mil empresas em 4 anos, divulga IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (27) que mais de 411 mil postos de trabalho e 80 mil empresas fecharam em quatro anos no Brasil.
Conforme os dados publicados na Pesquisa Anual do Comércio (PAC), entre 2014 e 2017, o número de empresas do setor de comércios diminuiu em 100 mil. Esse valor indica uma queda de 5%. Além disso, o número de trabalhadores no setor passou de 10,6 milhões para 10,2 mi, com queda de 3,9%.
Nos quatro anos analisados pela pesquisa, o número de lojas também apresentou redução. Cerca de 62 mil lojas fecharam nesse período, o que representa uma queda de 3,9%.
Como consequência, a receita líquida do comércio foi de R$ 3,4 trilhões em 2017. O valor foi 5,2% menor do que a receita registrada em 2014.
Entretanto, o técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Jordano Rocha, afirmou que somente o setor do varejo teve decréscimo na receita. Assim, o atacado apresentou alta de 19,7% e o setor de veículos cresceu 8,9%.
Vendas do varejo
Entre 2008 e 2017, o IBGE identificou uma mudança estrutural no setor comercial.
“Em termos estruturais, uma coisa que a gente pode chamar a atenção é que, em 2008, a atividade com maior participação na receita liquida era o atacado. Já em 2017 houve uma inversão, com o varejo assumindo a maior participação no setor”, informou o instituto.
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Durante esse intervalo, o atacado representava a liderança do comércio no País com 44,4%. Entretanto, o varejo passou a corresponder por 45,5% do setor.
“Esse aumento no varejo veio decorrente de uma queda na participação de veículos, que passou de 16% [em 2008] para 9,9% [em 2017]”, explicou Jordano Rocha.
Redução no mercado de trabalho
Ainda nesta quinta-feira, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do ministério da Economia, divulgou que o mercado de trabalho brasileiro apresentou o pior resultado para a criação de vagas formais durante o mês de maio desde 2016.
O Caged acompanhou oito setores. Dentre eles, somente o comércio, a indústria da transformação e o serviços industriais de utilidade pública apresentaram números negativos.