Ao pensar sobre investimentos é fundamental considerar diversos aspectos para alcançar seus objetivos financeiros. Analistas destacaram sete dicas fundamentais para iniciar sua jornada de investidor de forma consistente.
Vale pontuar que investir com sucesso requer algumas etapas importantes. Primeiramente, é essencial ter um planejamento financeiro sólido. Em seguida, é necessário definir claramente seu perfil de investidor e seus objetivos de curto, médio e longo prazos.
Além disso, conhecer os diversos produtos do mercado financeiro e construir uma carteira de investimentos diversificada são passos cruciais para alcançar seus objetivos financeiros.
Para ajudar nessa jornada, separamos sete dicas relevantes para melhor gerir seu patrimônio no mercado financeiro. Embora não sejam verdades absolutas, podem agregar valor e complementar conhecimentos prévios.
Principais dicas de investimentos para iniciantes
1.Diversificação:
A diversificação é um princípio fundamental para todos os investidores, afirma Pedro Leite, assessor de investimentos do Grupo Fractal. Envolve a distribuição dos investimentos em diferentes classes de ativos, evitando a concentração do capital em um único ativo ou em uma única classe.
“Dessa forma, se um determinado ativo ou classe de ativos performar mal em um período, outros ativos podem compensar as perdas, contribuindo para a estabilidade da carteira”, explica o analista.
É o que diz a famosa frase “Não coloque todos os ovos em uma cesta só”. Com a diversificação é possível evitar oscilações de apenas um ativo ou uma classe, mantendo uma carteira mais saudável.
Mas no que diversificar? Além dos investimentos tradicionais para iniciantes, como o Tesouro Direto, é importante considerar também ações e fundos imobiliários, que podem se destacar como ótimas opções para quem está começando a investir.
Rodolfo Olivo, professor da FIA Business School, também cita os ETFs – Exchange Traded Funds – que são excelentes veículos de diversificação. “Também são conhecidos como Fundos de Índice e permitem que um investidor, mesmo iniciante e com poucos recursos, compre índices que representam dezenas de ações”, diz Olivo.
2.Estudo contínuo sobre investimentos:
É praticamente uma exigência do mercado estudar e aprimorar seus conhecimentos diariamente, mesmo sendo um investidor profissional.
“Aprofundar-se em cada classe de ativo, entender sua dinâmica e identificar seus pontos fortes e fracos são passos essenciais para tomar decisões de investimento mais informadas e alinhadas com seus objetivos financeiros”, comenta Leite.
Portanto, investir tempo e esforço em educação financeira e especialização em diferentes ativos é fundamental para desenvolver uma estratégia de investimento sólida e bem fundamentada.
3.Planejamento:
Planejar antes de executar qualquer tarefa, seja nas finanças pessoais ou na vida em geral, é uma excelente decisão para evitar surpresas desagradáveis. No caso dos investimentos, é importante planejar de maneira coerente com seus objetivos, reservando uma quantia mensal para seus aportes financeiros.
Os objetivos de investimento variam de pessoa para pessoa, desde começar a investir até acumular um grande patrimônio. É possível e viável começar a investir com pouco capital, desmistificando a ideia de que investir é apenas para quem tem muito dinheiro.
“Neste sentido, é importante que o investidor planeje de maneira coerente com os seus objetivos o seu orçamento mensal, de modo que, em todo mês, uma reserva interessante seja provisionada para os seus aportes financeiros”, afirma Tiago Reis, sócio fundador da Suno.
4. Definir perfil e tolerância a risco:
A compreensão da tolerância ao risco é crucial para o investidor iniciante, pois se refere à quantidade de risco que alguém está disposto a assumir com seu capital sem perder o sono.
Existem três perfis de investidores – conservador, moderado e agressivo – cada um com diferentes níveis de tolerância ao risco. É importante conhecer seu perfil de investidor para escolher investimentos adequados e evitar exposição excessiva ao risco. O perfil de investidor geralmente está relacionado ao conhecimento dos investimentos.
“Por exemplo, investidores conservadores evitam exposição excessiva ao risco, escolhendo investimentos mais seguros, mesmo que menos rentáveis. Já os investidores agressivos, geralmente mais experientes, estão confortáveis com a volatilidade e não se abalam com as oscilações diárias. O perfil moderado busca um equilíbrio entre segurança e rentabilidade”, explica Leite.
Segundo Marcos Piellusch, professor da FIA Business School, conforme o prazo de retornos dos ativos, a tolerância a riscos é maior. Por exemplo, para uma reserva de emergência , é importante que o produto tenha alta liquidez e baixo risco. Já para atingir um objetivo de prazo mais longo, como a aposentadoria, é possível uma maior exposição a riscos, podendo aproveitar melhor as oportunidades de maior rentabilidade.
Portanto, para poder investir de uma forma correta é necessário entender exatamente qual o seu perfil, qual seu nível de tolerância ao risco, se você prefere opções mais conservadoras ou não. Um ponto muito importante que se observa é que o perfil de investidor geralmente está atrelado ao conhecimento dos investimentos.
5.Reserva de emergência:
A reserva de emergência é frequentemente esquecida por investidores iniciantes, que muitas vezes consideram seus próprios investimentos como uma reserva de emergência.
No entanto, diz Leite, é necessário entender que a volatilidade do mercado pode ser um grande problema quando se considera os investimentos como reserva. “Imagine uma situação que exija acesso imediato aos seus fundos, como uma emergência médica. Se você precisar vender seus investimentos rapidamente em um momento de baixa do mercado, poderá acabar perdendo muito dinheiro”, cita Leite.
Por isso, os analistas afirmam ser necessário se manter uma reserva de emergência separada dos investimentos, acessível em momentos de necessidade sem comprometer o portfólio de investimentos.
Olivo afirma que é fundamental começar formando uma reserva de emergência antes de começar a investir em outras coisas. “A reserva dá tranquilidade e segurança ao investidor para depois diversificar e tomar um pouco de risco, sempre adequado ao seu perfil”, explica o professor da FIA.
Embora, alguns analistas não recomendem usar o próprio investimento como reserva, existem ativos de alta liquidez que podem ser aplicáveis. De acordo com Antônio Sanches, analista da Rico, é possível poupar entre 6 e 12 meses do seu custo de vida em um investimento de baixo risco e alta liquidez, como o Tesouro Selic ou um Fundo DI Simples.
6.Definir objetivos financeiros claros:
Sanches afirma que o investidor, antes de começar a investir, precisa saber quais são seus objetivos financeiros. “Eles podem ser de curto, médio ou longo prazo, como comprar um carro, pagar a faculdade dos filhos ou garantir uma aposentadoria confortável. Ter objetivos claros ajuda a escolher os investimentos com prazo alinhado ao seu objetivo”, comenta o analista da Rico.
E, para cada objetivo dependendo do prazo, alerta Olivo, um produto de investimento é mais adequado. “Então, essa pessoa vai passar a investir para atingir outros objetivos, podendo arriscar um pouco mais. Aí ele começa a destinar uma parte dos investimentos a cada uma das “caixinhas”, ou seja, a cada um dos objetivos que pretende”, destaca.
7. Pensamento de longo prazo:
O mercado financeiro é volátil, passa por altos e baixos – por isso é fundamental ter uma perspectiva de pelo menos 5 a 10 anos para não sofrer perdas significativas em curto prazo, informa Olivo.
A visão é compartilhada por Sanches, que cita duas habilidades preciosas para qualquer investidor: disciplina e a calma.
“Investir pode ser emocionalmente desafiador, especialmente durante momentos de volatilidade do mercado. Mantenha a disciplina, evite tomar decisões precipitadas e foque em seus objetivos financeiros de longo prazo. A consistência é a melhor aliada do investidor de longo prazo”, afirma o analista.
Dúvida sobre investimentos? Busque ajuda especializada
No mundo dos investimentos, a busca por altos ganhos é constante, mas nem sempre fácil. Para os iniciantes nesse universo, uma das dicas mais importantes é contar com uma consultoria especializada.
A assinatura premium da Suno Research, por exemplo, oferece uma assessoria completa, que inclui carteiras recomendadas de ações, dividendos e valor, mais fundos imobiliários. Além disso, são disponibilizados relatórios de análises semanais, Suno Call Premium diário e radar de fundos imobiliários.
Contudo, é fundamental pesquisar a reputação das casas de consultoria disponíveis no mercado antes de solicitar seus serviços. Afinal, no mercado financeiro é comum encontrar ofertas tentadoras de altos ganhos em curtos espaços de tempo.
Nesse sentido, é preciso desconfiar de quem promete enriquecimento rápido, pois geralmente são golpes. Muitos investidores iniciantes já perderam dinheiro seguindo dicas duvidosas. Portanto, desconfie sempre de oportunidades únicas e tenha em mente que não existe dinheiro fácil no mundo dos investimentos.
Veja os melhores investimentos para iniciantes
- Tesouro Direto: Títulos do governo federal, considerados de baixo risco, ideais para iniciantes. Existem três tipos principais: Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado.
- CDB (Certificado de Depósito Bancário): Renda fixa emitida por bancos, também de baixo risco devido à garantia do FGC para valores até R$ 250 mil por CPF e instituição financeira. Rentabilidade geralmente atrelada ao CDI.
- LCI/LCA (Letra de Crédito Imobiliário/Agronegócio): Títulos emitidos por instituições financeiras para financiar atividades imobiliárias e do agronegócio, respectivamente. Isentos de imposto de renda e com garantia do FGC.
- Fundos Imobiliários: Ativos de renda variável que reúnem recursos de diferentes investidores para investir em ativos imobiliários, como shoppings, edifícios corporativos, entre outros. Menos voláteis que ações, pagam dividendos mensais.
- Ações: Fração do capital social de uma empresa, adquiridas na bolsa de valores. Investimento de maior retorno no longo prazo, mas com maior volatilidade. Lembrando que é importante estudar e entender o mercado de ações para ter investimentos de sucesso.
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