O leilão do 5G, arrecadou R$ 47,2 bilhões, valor abaixo dos R$ 50 bilhões previsto inicialmente pelo governo federal, pois nem todos os lotes foram arrematados, informou na sexta-feira (5) a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) após o encerramento da análise das propostas.
De acordo com o órgão, ainda assim, considerando as faixas contratadas no leilão do 5G, houve ágio de R$ 5 bilhões, cerca de 12%. Nos próximos dias, o governo e a Anatel devem decidir se esse valor total será destinado como outorga ao governo ou se serão revertidos em investimentos no setor.
Segundo a Anatel, é comum que alguns lotes não sejam contratados. Nesse, mais de 85% do colocado a venda foi comercializado e todas as obrigações de cobertura foram assumidas. Os lotes restantes poderão ser reeditados em um novo leilão.
O processo licitatório começou na quinta-feira (4), quando as principais operadoras em atuação no País — Claro, Telefônica Brasil (VIVT3) e TIM (TIMS3) — arremataram o lote principal do leilão, de abrangência nacional, pelo valor de R$ 1,1 bilhão.
Além delas, no âmbito regional, empresas atuantes como Sercomtel e Algar Telecom também levaram lotes e seis novas operadoras entrarão em operação no mercado:
- Winity II;
- Brisanet (BRIT3);
- Consórcio 5G Sul;
- Neko;
- Fly Link;
- Cloud2u.
O leilão do 5G consistiu em uma concorrência em quatro faixas de radiofrequências — 700 MHz; 2,3 GHz; 3,5 GHz; e 26 GHz — que têm finalidades específicas de mercado, divididas em diversos lotes.