Itaú BBA recomenda compra de OceanPact (OPCT3), apesar da queda de 58,1% desde o IPO

Com uma desvalorização de 58,1% desde a sua Oferta Pública Inicial de ações (IPO), em fevereiro de 2021, a OceanPact (OPCT3) entrou esta semana para as recomendações de compra do Itaú BBA. Os analistas veem potencial de alta de quase 100% nos papéis.

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Para o time do banco, as ações da OceanPact devem estar cotadas a R$ 9 até o fim o ano que vem. Em fevereiro de 2021, os analistas cravaram preço-alvo de R$ 16.

Essa estimativa para 2022 é quase o dobro da cotação da OceanPact nesta quinta-feira (26), um dia após o relatório. Os papéis da empresa são negociados a R$ 4,67 na bolsa.

“A cotação atual das ações ignora as grandes expectativas de investimento no setor de exploração e produção de petróleo e gás e o sólido histórico da empresa de entregar novos contratos e renovações”, diz o time de analistas do Itaú BBA.

A tese é embasada no fato de que a companhia “cresceu em um ambiente desafiador” e teve uma expansão sólida apesar do setor de petróleo offshore no Brasil não ter sido muito próspero na última década.

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“Como resultado, a empresa anotou um EBITDA CAGR (taxa de crescimento anual dos Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 23% em 2011-20, enquanto a produção de petróleo offshore do Brasil cresceu em uma taxa anual de 4%”, justificam os analistas Leonardo Marcondes, André Hachem, João Paulo Nasser e Renan Moura.

OceanPact deve se beneficiar de investimentos de R$ 250 bilhões

Ainda segundo o time de análise, o montante investido no país nos próximos anos deve servir como mola de impulsão para os balanços da companhia e, consequentemente, para o acionista. No parecer, é citado que serão R$ 250 bilhões de investimento recebido nos próximos.

“O governo brasileiro melhorou substancialmente o marco regulatório das empresas de E&P (petróleo e gás) nos últimos anos. Da redução do conteúdo local à baixa dos royalties na maturidade campos, essas melhorias tornaram o Brasil um dos principais alvos de investimentos das empresas do segmento em todo o mundo”, conta no relatório.

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“Com o pré-sal tornando-se o foco dos IOCs (sigla para International Oil Company, empresas internacionais de petróleo), e com vários projetos programados para entrar em fase de descomissionamento, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), reguladora brasileira de petróleo e gás. espera investimentos de mais de R$ 250 bilhões à frente entre 2021 e 2025, dos quais acreditamos que o OceanPact se beneficiará do panorama”, acrescentam os analistas.

Desempenho de OCPT3 desde o IPO

A OceanPact vem enfrentando uma queda de preço desde o seu IPO, quando a companhia fechou seu primeiro pregão a R$ 11,15. A companhia ficou abaixo do patamar dos R$ 5, menores níveis desde sua estreia, no fim de julho.

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Eduardo Vargas

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