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Com mais vendas, Raia Drogasil (RADL3) lucra R$ 177,9 milhões, alta de 16,5%

Raia Drogasil (RADL3). Foto: Divulgação

Raia Drogasil (RADL3). Foto: Divulgação

A Raia Drogasil (RADL3) lucrou, de forma líquida e ajustada, R$ 177,9 milhões no primeiro trimestre de 2021, crescendo 16,5% na base anual. Contando os efeitos não recorrentes, o lucro líquido é um pouco maior, de R$ 188,8 milhões.

 

O avanço do lucro acompanha de perto a melhor receita bruta, que fechou em R$ 6 bilhões nos três primeiros meses deste ano, alta de 14,9% na base anual. A Raia Drogasil vem, de maneira ininterrupta, melhorando esse número trimestre a trimestre – entre outubro e dezembro de 2020, a receita bruta foi de R$ 5,868 bilhões. Entre julho e setembro, de R$ 5,3 milhões.

A Raia Drogasil vendeu mais, tanto na sua rede de farmácias normais, com avanço de 14,4%, como na rede de medicamentos especiais, que com alta de 22,6%. As vendas mesmas lojas, que levam em conta apenas os estabelecimentos que a companhia já possuía no mesmo período do ano passado, avançou 8,6%. No intervalo de um ano, foram abertas 40 farmácias e 20 foram fechadas.

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A Raia Drogasil cresceu também no digital e tem agora seu aplicativo instalado em 9,8 milhões de celulares, número muito maior do que os dois milhões do mesmo período do ano passado. O crescimento também vem acontecendo de forma contínua, trimestre a trimestre.

Raia Drogasil mantém custos estáveis

Os custos com as mercadorias vendidas avançou um pouco na base anual, mas a margem bruta ficou em 27,5% entre janeiro deste ano, ante 27,7% no mesmo período do ano passado. As despesas com vendas também pesaram menos, ficando em 17,7%, ante 18,1% no mesmo período do ano passado, a despeito de terem crescido numericamente, ficando em R$ 1,06 bilhão, ante R$ 940,5 milhões.

As despesas administrativas e gerais, por outro lado, avançaram, sendo 2,8% da receita, ante 2,5%. Segundo a companhia, este último valor foi pressionado pelos investimentos de longo prazo na transformação digital e construção do marketplace.

 

A Raia Drogasil fecha o trimestre, com todos esses custos, com um Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 415,9 milhões, crescendo 12,6% na base anual. A margem Ebitda ficou em 7%, praticamente estável na mesma comparação.

Por fim, o lucro líquido da Raia Drogasil é impactado pelas despesas financeiras, que ficaram praticamente estáveis na porcentagem que de custo da receita. Os gastos com depreciação foram de R$ 147,3 milhões, as despesas financeiras somaram R$ 18,8 milhões e o imposto de renda custou R$ 70,2 milhões.

A Raia Drogasil fecha o primeiro trimestre com uma dívida líquida de R$ 964,2 milhões, diminuindo na comparação com os R$ 964,2 milhões do mesmo período do ano passado. A companhia conseguiu também diminuir seu múltiplo de alavancagem, medido pela relação entre a dívida líquida e Ebitda (DL/Ebitda), que ficou em 0,6, ante 0,7 no primeiro trimestre de 2020.

Goldman Sachs vê balanço como positivo

O Goldman Sachs definiu o balanço como positivo. “A RD reportou um bom conjunto de resultados no primeiro trimestre, com receita líquida 5% acima da nossa expectativa, margem bruta em linha e Ebitda, de R$ 416 milhões, ligeiramente melhor que o nosso consenso, de R$ 412 milhões”, afirmam os analistas.

Os especialistas Irmam Sgarz, Felipe Rached e Chandru Ravikumar destacaram o crescimento das vendas mesmas lojas, a melhor margem Ebitda (com redução das despesas com vendas e administrativas) e o avanço da penetração digital. O banco reiterou sua recomendação de compra para a Raia Drogasil, com preço-alvo definido em R$ 29.

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