Na manhã desta quarta-feira (16), a Renova Energia (RNEW11) entrou com um pedido de recuperação judicial. A ação engloba dívidas de aproximadamente R$ 3,1 bilhões. Desses, R$ 11,7 milhões estão ligados a processos trabalhistas, e os outros R$ 3,1 bilhões a bancos e demais credores e empresas, com e sem garantia real.
No fato revelante divulgado na manhã desta quarta, a Renova informou que, do total a ser pago, R$ 834 milhões são referentes a débitos “intercompany”, além de “expressivos R$ 980 milhões” a débito com seus acionistas atuais.
Renova buscava novos prazos para as dívidas
A companhia geradora de energia ressaltou que o plano de recuperação judicial, que será discutido em uma assembleia com os credores, “pretende restabelecer seu equilíbrio econômico-financeiro e honrar os compromissos assumidos com seus diversos stakeholders e, em um futuro próximo, retomar uma trajetória de crescimento sustentável, dentro das reais possibilidades operacionais e financeiras da Renova e de seus acionistas”.
O pedido de recuperação judicial foi aprovado na última terça-feira (15) pelo Conselho de Administração da Renova. A empresa possuía uma dívida de R$ 1 bilhão com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com prazo de vencimento ontem. A companhia procurar prolongar esse prazo.
Também na última terça, a Light fechou a venda da totalidade de seus papéis na Renova Energia (17,17%) para o CG I Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, dos sócios-fundadores da Renova.
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Nesse momento, a composição do bloco de controle da Renova ficou da seguinte forma:
- CGI, com 36,23%
- Cemig (CMIG3; CMIG4), com 36,23%
- Acionistas minoritários, com 32,52%
No fato relevante, a Renova “reitera o compromisso de manter os acionistas e o mercado em geral devida e oportunamente informados nos termos da legislação aplicável, e informa que documentos referentes ao pedido de recuperação judicial serão disponibilizados no site da CVM“.