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Thais Borges
Reforma tributária. Foto: Steve Buissinne, por Pixabay.

Reforma tributária. Foto: Steve Buissinne, por Pixabay.

Simplificação é palavra de ordem: o que esse pilar da Reforma Tributária diz sobre sua empresa? 

A Reforma Tributária ocupou um espaço de destaque no debate público e, entre seus pilares, está a simplificação do modelo tributário adotado no Brasil. Mas e no âmbito interno das empresas, essa premissa também se faz valer? Discutir como os gestores pode fomentar uma rotina fiscal simplificada, que otimize etapas e garanta uma comunicação mais fluída. Compreender como isso afetará a rotina dos negócios é essencial a curto prazo.

A necessidade de simplificação no cenário tributário Brasileiro

Atualmente, a complexidade do sistema tributário brasileiro tem sido uma dor de cabeça constante para empresas e indivíduos. A acumulação de impostos em várias etapas da produção e comercialização resulta em uma carga tributária significativa e dificuldades operacionais, e a reforma surge como uma resposta a esses problemas, com a simplificação como uma das palavras de ordem. Para as empresas, isso representa uma mudança positiva, à medida que a simplificação traz inúmeros benefícios.

No entanto, é importante ressaltar que a transição para o novo sistema também carregará um grau de complexidade. Até 2033, haverá coexistência dos dois sistemas – o atual e o novo – o que pode causar certas complicações operacionais. Contudo, após esse período de transição, a implementação completa do novo sistema deve resultar em uma simplificação significativa das obrigações tributárias.

Eliminação da cumulatividade de impostos

Um dos aspectos mais cruciais da simplificação é a eliminação da cumulatividade de impostos. No modelo tributário atual, os impostos são cobrados em cascata, resultando na acumulação de tributos em cada etapa da cadeia produtiva. Isso não apenas cria uma carga tributária pesada, mas também torna a contabilidade e o cumprimento das obrigações fiscais um desafio significativo para as empresas.

Com a Reforma Tributária, a intenção é adotar um sistema de créditos tributários, no qual as empresas podem abater os impostos pagos em etapas anteriores da cadeia produtiva. Isso tem o potencial de reduzir a complexidade, reduzindo discussões administrativas e judiciais quanto à divergências no direito ao crédito, bem como mantém uma carga tributária mais igualitária e diminui as barreiras à conformidade fiscal. As empresas se beneficiarão de uma abordagem mais transparente e eficaz para o cálculo e pagamento de impostos, simplificando suas operações.

O impacto direto nas empresas

A simplificação não é apenas uma questão de interesse para o governo e a política, mas também para as empresas. Ela afeta diretamente a maneira como as organizações gerenciam suas operações, planejam seus orçamentos e interagem com o mercado.

O papel dos gestores

Os gestores desempenham um papel crucial na implementação da simplificação fiscal nas empresas. Eles devem estar cientes das mudanças regulatórias e trabalhar de perto com suas equipes contábeis e jurídicas para garantir a conformidade.

Além disso, devem adotar uma abordagem proativa na revisão dos processos internos para otimizar a eficiência e garantir que a empresa esteja aproveitando ao máximo as vantagens da simplificação tributária.

Em suma, podemos ver que a simplificação é realmente uma palavra de ordem quando se trata da Reforma Tributária no Brasil. Ela oferece a promessa de um sistema fiscal mais transparente, eficiente e amigável para as empresas. As mudanças propostas podem ter um impacto significativo na rotina das organizações, melhorando a gestão financeira, reduzindo a complexidade administrativa e estimulando o crescimento econômico.

Portanto, é fundamental que os gestores estejam atentos às mudanças e trabalhem ativamente para implementar processos mais simples e eficazes em suas empresas. A simplificação tributária não é apenas uma reforma governamental; é uma oportunidade para as empresas se tornarem mais competitivas, inovadoras e bem-sucedidas em um ambiente de negócios desafiador.

*Thais Borges é Sócia e Diretora Comercial da Systax, empresa de inteligência fiscal.

Nota

Os textos e opiniões publicados na área de colunistas são de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a visão do Suno Notícias ou do Grupo Suno.

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