Suno Notícias
Rodrigo Amato
B3 (B3SA3), Engie (EGIE3) e Unipar (UNIP3) mexem o mercado

B3 (B3SA3), Engie (EGIE3) e Unipar (UNIP3) mexem o mercado-Foto: iStock

Capital Markets as a Service e Credit as a Service impulsionam o mercado de capitais

Tenho falado com frequência por aqui sobre o quão fundamental é tornar o mercado de capitais mais democrático e menos burocrático. Uma das ferramentas que mais tem contribuído para isso nos últimos tempos é o credit as a service (CaaS), ou seja, o crédito como um serviço. Em linhas gerais, tratam-se de tecnologias e estruturas white label (em português, etiqueta branca) que permitem a empresas do setor financeiro oferecerem serviços incorporados.

Para que uma companhia ofereça esse tipo de serviço é necessária a parceria com uma fintech, que disponibiliza meios para que as organizações utilizem as relações com seus consumidores para criar um novo serviço. E aí entram em campo as vantagens do Open Finance, que permitem a transferência de dados entre instituições com mais facilidade por meio de APIs. A partir disso, é possível utilizar os dados que a companhia tem de seus clientes para gerar, por exemplo, uma linha de crédito personalizada. Esse tipo de informação um banco tradicional não tem acesso normalmente, por isso a experiência é tão personalizada e diferenciada. Entre as vantagens do CaaS estão a redução de riscos, já que a há quantidade maior de informações sobre o cliente, bem como a sua fidelização.

No caso da Laqus, agregamos ao mercado de crédito inovando com o que chamamos de Capital Markets as a Service (CMaaS) e temos ajudado diversas empresas de CaaS a melhorarem suas esteiras, bem como utilizarem o mercado de capitais para formalizarem suas operações. São oferecidas soluções integradas via API, plataforma white label para emissão, liquidação e depósito, incluindo automação e monitoramento de dívidas e outras ferramentas que otimizam operações, permitindo uma gestão mais eficaz e eficiente.

Alguns exemplos práticos para exemplificar como essa solução é utilizada na Lagus: emissão de Nota Comercial (IOF Crédito 0%) em substituição a instrumentos tradicionais; Certificado de Recebíveis (CR) como veículo de securitização eficiente; integrações de ponta a ponta e soluções customizadas; e monitoramento e gestão de dívidas e obrigações. Tudo isso pode ser feito plugando qualquer plataforma de CaaS em nosso CMaaS, transformando a experiência e a qualidade do serviço prestado para o cliente final.

Fato é que o CMaaS e o CaaS vieram para ficar, especialmente por serem modelos de negócio transformadores e exponenciais, à medida que permitem que empresas utilizem plataformas e serviços terceirizados para acelerar o desenvolvimento e a implantação de produtos financeiros inovadores. É um importante movimento que facilita a adaptação às rápidas mudanças do mercado de capitais e permite uma abordagem menos burocrática e mais segura na criação de produtos sob medida.

Nota

Os textos e opiniões publicados na área de colunistas são de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a visão do Suno Notícias ou do Grupo Suno.

Mais dos Colunistas
Caio Palma Estratégia de gestão: Top down vs Bottom up, qual a melhor para você?

Imagine um cenário em que uma pessoa que desde o nascimento está inserida em ambiente urbano e passa a considerar a ideia de morar na floresta. Em um primeiro momento ...

Tiago Ferreira Alternativos sempre, diversificação também

É sabido que o cenário global aponta para um período de taxas de juros mais elevadas, possivelmente mais prolongado do que estava previsto. Adicionalmente, o forte des...

Sair da versão mobile