Murilo Pereira

10 dicas para você se proteger contra fraudes e golpes financeiros

Como evitar ser vulnerável a situações como clonagem de WhatsApp, boletos falsos, golpes com maquininhas em compras delivery, entre outras situações que podem acarretar prejuízos financeiros

As compras e outras atividades online facilitam muito a nossa vida, mas, às vezes, podem nos expor a fraudes e golpes financeiros praticados por pessoas mal-intencionadas. Segundo um levantamento feito pelo Serasa, no ano passado, foram registradas 4,1 milhões de movimentações suspeitas no Brasil, quase 17% acima do ano anterior. E elas continuam a crescer!

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Listo abaixo os 10 tipos de golpes mais comuns aplicados no mercado para você ficar de olho. As dicas foram elaboradas com base em informações da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

WhatsApp clonado

Um golpe comum é a clonagem de conta do WhatsApp. Golpistas conseguem seu nome e número de telefone. Em seguida, tentam cadastrar a sua conta de WhatsApp no aparelho deles. Sempre que tentam fazer, o aplicativo envia automaticamente um SMS com um código de segurança para confirmar a autenticidade da operação.

E, para ter acesso a esse código, os criminosos mandam uma mensagem a você fingindo ser do SAC de alguma empresa com boa reputação solicitando a informação. Com esse dado em mãos, os fraudadores conseguem clonar a conta e, assim, começam a pedir dinheiro emprestado para os seus contatos. Para evitar este tipo de fraude, cheque sempre se o número que entrou em contato com você de fato pertence à empresa que diz representar conferindo a autenticidade da conta (representada por símbolo verde ao lado do nome do contato).

Outra recomendação é aumentar a segurança da sua conta de WhatsApp. A verificação em duas etapas é um dos meios mais eficientes para isso. Caso receba mensagens de amigos ou parentes pedindo dinheiro, cheque antes a identidade da pessoa, para saber se ela realmente é quem afirma ser.

Boleto falso

Outro golpe muito frequente é o envio de boleto adulterado por e-mail, pelos correios ou, ainda, links para acessar boletos falsificados em mensagens de SMS, WhatsApp ou e-mail. Numa olhada rápida, parece ser um boleto normal, mas na verdade o dinheiro do pagamento irá para a cota do fraudador e não da empresa que é citada no boleto. Idosos que têm planos de saúde são as principais vítimas destes golpistas, que se aproveitam da fragilidade das pessoas em determinados momentos. A situação se repete quando a pessoa está endividada. Nesse caso, os boletos falsos são emitidos em nome de recuperadoras de crédito

Para se proteger, é importante ficar atento aos dados contidos no boleto: confira o nome, o CNPJ e outros dados da empresa que será beneficiada pelo pagamento. Verifique sempre também se os três primeiros dígitos do código de barras realmente correspondem ao código do banco responsável pela emissão do boleto. Outras características dos boletos falsos são a presença de erros de português e a dificuldade para ler o código de barras por meio de aplicativo do celular.

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Falsa central de atendimento

O fraudador entra em contato com você por telefone móvel ou fixo fingindo ser um funcionário de um banco ou outra empresa da qual você é cliente. Ele informa que sua conta foi invadida ou clonada e, a partir daí, começa a pedir dados pessoais e bancários para resolver o problema. Se você tem um telefone fixo em casa, para conquistar sua confiança, o falso atendente avisa que irá desligar e pede que você ligue em seguida para a central de atendimento de seu cartão ou banco. Só que a linha, na verdade, está presa e você ouvirá o sinal de discagem só que, em vez de falar com seu banco ou empresa de verdade, outro falso atendente falará com você e pedirá para dizer ou digitar a senha para prosseguir.

Evitar este tipo de golpe é muito simples: nunca forneça informações financeiras ou pessoais relevantes por ligações telefônicas. Bancos e empresas sérias jamais irão ligar para pedir senhas ou o número de seu cartão. Se você receber alguma ligação desse tipo, desligue imediatamente e entre em contato com o banco ou empresa que supostamente foi responsável pela ligação para confirmar a veracidade.

Link falso ou phishing

O phishing, que pode ser traduzido como “pescaria digital”, é uma fraude eletrônica que tem como objetivo obter senhas e dados pessoais das vítimas por meio do acesso a um link falso. Fraudadores enviam mensagens via WhatsApp, e-mail ou redes sociais que induzem a pessoa a clicar em links que, uma vez acessados, instalam pequenos aplicativos para captura de dados de seu computador ou celular. A dica é nunca clicar em links, anexos de e-mails ou mensagens que receber de destinatários desconhecidos.

Muitos criminosos recorrem a mega promoções para atrair a atenção e fazer as pessoas clicarem em links falsos. Para se prevenir, confira sempre o e-mail do remetente (se for desconhecido, não abra) e o endereço na barra de cima do navegador. No caso de dúvidas, digite o site da empresa diretamente no navegador e confira se o desconto é verdadeiro.

Golpe do falso motoboy

Este golpe consiste, em um primeiro momento, em uma ligação realizada pelo criminoso. Ele se passa por um funcionário do seu banco, dizendo que o seu cartão foi fraudado. O falso funcionário, então, pede a senha e solicita que o cartão seja destruído, por motivos de segurança, mas que o chip não seja danificado. Logo em seguida, o falso funcionário informa que o cartão será retirado em sua casa por um motoboy, que faz o serviço. Porém, mesmo com o cartão destruído, se o chip estiver intacto, os fraudadores ainda podem utilizá-lo para roubar dinheiro da vítima.

Assim como no golpe anterior, evitar este tipo de fraude também é fácil: os bancos jamais pedem informações sobre cartão e senha por telefone, muito menos pedem o seu cartão de volta e mandam um motoboy buscá-lo.

Falso leilão

Nesse caso, a tática dos golpistas é criar sites falsos de leilão, anunciando todo o tipo de produto em um valor abaixo do preço de mercado. Depois, solicitam transferências bancárias, depósitos ou envio de PIX para assegurar a compra, geralmente apressando a vítima com o discurso de que é uma oportunidade única e com prazo limitado. Após fazer o pagamento, os supostos canais de atendimento deixam de responder e o produto nunca é entregue

Cartões trocados

Neste caso, golpistas que trabalham como vendedores em lojas, postos de combustíveis e outros locais vêem a senha que você digita na maquininha no momento da compra. Por vezes, tentam distrair você fazendo perguntas ou comentários. Basta um descuido para que troquem o seu cartão por outro qualquer na hora de devolvê-lo. Até que você perceba que está com outro plástico, os criminosos possivelmente já terão feito muitas compras com o seu cartão.

Delivery: maquininha quebrada

Funciona assim: no momento da entrega, o golpista fornece uma maquininha com o visor danificado ou a posiciona de maneira que você não consiga enxergar o valor digitado. Em vez do preço correto pelo produto, o valor que sairá da sua conta, caso você não perceba o truque, será muito maior. Por isso, recuse qualquer pagamento em maquininhas danificadas e sempre confira o valor que aparece no visor.

Fique atento com seus dados no celular

Ter o celular furtado ou roubado representa muito mais do que o prejuízo de perda do aparelho: os criminosos podem conseguir dados salvos em seu dispositivo, acessar suas redes sociais e aplicativos de banco. Para evitar, evite usar o recurso “lembrar/salvar senha” em sites ou aplicativos. Além disso, se disponíveis, utilize os recursos de biometria ou de reconhecimento facial para desbloqueio da tela do seu celular.

Cuidado com senhas

Para que algum golpista possa ter acesso à sua conta bancária, ele precisa necessariamente de sua senha e dados. E há diversas maneiras pelas quais eles podem conseguir essas informações, como vimos anteriormente. Por isso, sempre guarde as senhas com o máximo de cuidado. Se possível, memorize-as e jamais as escreva em papéis ou no bloco de notas de celulares e computadores.

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Nota

Os textos e opiniões publicados na área de colunistas são de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a visão do Suno Notícias ou do Grupo Suno.

Murilo Pereira

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