Reunião do Fed e outros BCs dominam a semana
Iniciamos a semana, já próximos do final de ano, de olho nas decisões dos Bancos Centrais pelo mundo.
No Brasil, é publicada a ata do Copom da semana passada na terça-feira (dia 14), e daí, saberemos mais quais os próximos passos do Bacen brasileiro nas primeiras reuniões de 2022, já sabendo uma elevação na mesma intensidade (1,5 ponto percentual) em fevereiro. Muitos acham que no Copom de março, a taxa já deve estar acima de 12% anual. Pela leitura de Paulo Guedes, os bancos centrais do mundo “dormiram no volante”, enquanto o Banco Central brasileiro se antecipou, “acordou mais cedo”, e deu início ao ciclo de juros.
Nas reuniões desta semana, dentre as principais, FOMC do Fed, Bank of England (BoE), Banco Central Europeu (BCE) e Bank of Japan (BoJ). Em todas, uma preocupação especial com a “dosagem” do juro, em sintonia com a retomada da economia, monitoria sobre a inflação, choques de oferta e, agora, também, ameaças da nova variante, Ômicron, mais leve, mas não menos transmissível. Nesta segunda-feira, os ministros do G7 estarão se reunindo para discutir este tema, inflação.
No Brasil, a semana deve ser marcada também pela última do Congresso, antes do recesso de fim de ano/verão. No dia 14 a Câmara se reúne para deliberar sobre a PEC dos precatórios e também analisar os Refis, dívidas perdoadas junto ao setor privado. Temos também a Comissão Mista do Orçamento votando seu relatório nesta segunda-feira, a ser publicado na quinta (16). Neste dia, mais informações do Bacen, desta vez, com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), quando mais dados sobre a economia brasileira, e projeções do Banco Central, nos serão disponibilizados. Estejamos atentos.
Em paralelo, seguem as tratativas em relação aos riscos de um conflito militar entre Rússia e Ucrânia.
Principais reuniões dos Bancos Centrais:
- Central Bank of Chile (14)
- Federal Reserve FOMC (15)
- European Central Bank (16)
- Central Bank of Republic of Turkey (16)
- Bank of England (16)
- Banco de Mexico (16)
- Bank of Japan (17)
- Bank of Russia (17)
- Central Bank of Colombia (17)
PEC dos precatórios
Como sabemos, esta PEC acabou fatiada no Senado, com algumas medidas “aprovadas” e liberadas, outras, retornando à Câmara, para serem debatidas outra vez. O Senado reduziu o prazo de pagamentos dos precatórios em dez anos, mas nada indica que a Câmara deva se guiar pela mesma lógica.
Sobre a nova variante
Mercado de sobreaviso. A OMS considera “a capacidade transmissiva da ÔMICRON maior e novos dados sugerem que a nova variante reduz a eficácia das vacinas atualmente disponíveis”. Considera estes dados, no entanto, ainda limitados, ainda não revisados por outros grupos de cientistas. Além disso, “a severidade dos quadros dos pacientes, que contraíram esta variante, ainda “não é clara”, embora descobertas preliminares na África do Sul sugiram que pode ser menos grave do que a delta”.
No Reino Unido, Boris Johnson estende a aplicação da terceira dose da vacina a todos os adultos. Diz ele que novos casos de covid estão dobrando a cada dois ou três dias. “Um maremoto está por vir”. Em Israel, estudo indica que o reforço da Pfizer é EFICAZ contra a variante Ômicron. Para isso, necessário será uma terceira dose. Os que receberam apenas duas doses, há mais de cinco a seis meses, se mostraram muito fragilizados, enquanto que os que receberam reforço mostraram um bom nível de neutralização da Ômicron.
No Brasil, o STF aprovou liminar que tornava obrigatório o passaporte de vacinação. Agora, esta liminar será votada em plenário na quarta ou quinta-feira. Isso vai contra os rompantes do presidente Bolsonaro, mais preocupado com a economia do que com a saúde da população.
Reunião do Fed FOMC
A inflação pelo CPI não surpreendeu tanto os mercados, um pouco próximo do estimado (0,8% contra 0,7%). Em 12 meses foi a 6,8%. Isso reforça a necessidade de início do ciclo de juros, mas sem tanto açodamento. Os ajustes da taxa devem ficar em torno de 0,25 ponto percentual, a serem sancionados por três a quatro vezes. Talvez tenham início em março ou maio. Tudo deve depender do grau de intensidade desta onda da nova variante no inverno.
INDICADORES
No Brasil
O IPCA registrou 0,84% em novembro contra 1,16% em outubro. No ano acumula 9,36% e em 12 meses 10,96%.
Nos EUA
CPI subiu 0,8% em novembro contra outubro, quando as projeções indicavam 0,7%. O núcleo subiu 0,5%, dentro do esperado. O índice em 12 meses foi a 6,8%, acima do previsto (6,7%), no núcleo a 4,9%, dentro do previsto.
Expectativa de inflação para os próximos cinco anos, de Michigan, subiu a 3,0% em dezembro. Na Expectativa de um ano, se manteve em 4,9%.
A Confiança do Consumidor de Michigan subiu a 70,4 EM DEZEMBRO. Previsão era de 68,0.
No Reino Unido
Produção Industrial veio em queda de 0,6% em outubro contra setembro, subindo 1,4% contra o mesmo mês do ano passado.
Na Alemanha
CPI registrou 0,2% em novembro contra outubro e 5,2% na taxa em 12 meses.
MERCADOS
Na QUINTA-FEIRA (dia 09), o Ibovespa CORRIGIU, fechando em -1,67%, a 106.291 pontos, no mercado cambial o dólar em ALTA de 0,68%, a R$ 5,598.
Na madrugada do dia 13/12, na Europa (05h12), os mercados futuros operavam em ALTA: DAX (Alemanha) +0,23%, a 15.659 pontos; FTSE 100 (Reino Unido), +0,04%, a 7.295 pontos; CAC 40 +0,04%, a 6,994 pontos, e EuroStoxx50 +0,20%, a 4.207 pontos.
Na madrugada do dia 13/12, na Ásia (05h11), os mercados operaram em ALTA: S&P/ASX (Austrália), +0,35%, a 7.379 pontos; Nikkei (Japão) +0,71%, a 28.640 pontos; KOSPI (Coréia), -0,28%, a 3.001 pontos; Shanghai +0,40%, a 3.681, e Hang Seng, +0,05%, a 24.007 pontos.
No futuro nos EUA, as bolsas de NY, NO MERCADO FUTURO, operavam em ALTA neste dia 13/12 (05h10): Dow Jones, +0,26%, 36.060 pontos; S&P500 +0,25%, 4.723 pontos, e Nasdaq +0,10%, a 16.347 pontos. No VIX S&P500, 19,77 pontos, -0,14%.
No mercado de Treasuries, US 2Y AVANÇANDO 1,30%, a 0,6706, US 10Y +0,11%, a 1,491, e US 30Y, +0,07%, a 1,885. No DXY, o dólar +0,17%, a 96,240, e risco país, CDS 5 ANOS, a 219 pontos. Petróleo WTI, a US$ 72,36 (+0,96%) e Petróleo Brent US$ 72,72 (+0,76%). Gás Natural AVANÇANDO 1,45%, a US$ 3,98 e Minério de Ferro, +5,03%, a US$ 668,50.
Na agenda da SEGUNDA-FEIRA, pesquisa Focus como destaque.
Agenda Semanal | |
2ª feira (13) | Pesquisa Focus (Brasil) |
3ª feira (14) | Produção Industrial (Nov, Japão); Taxa de Desemprego (Nov, Reino Unido); Produção Industrial (Nov, Euro); Ata do Copom (Brasil); PPI e núcleo do PPI (Nov, EUA); Leilão TN: NTN-B (Brasil); Decisão de Política Monetária (Chile). |
4ª feira (15) | PPI e CPI (Nov, Reino Unido); IBC-Br (Bacen, Brasil); Rolagem de Índice – Z21 p/ G22 (Brasil); Venc. opções sobre Ibovespa (Brasil); Vendas no Varejo (EUA); Preços Bens Exp. e Imp.(EUA); Índ Empire State Ativ Industrial (EUA); Estoques Petróleo Cushing; Fluxo Cambial Estrangeiro (Brasil); Decisão de Política Monetária (Fed FOMC, EUA); Coletiva de Imprensa FOMC (Fed); PMI Ind., Composto e Serviços (Japão). |
5ª feira (16) | PMI Ind., Composto e Serviços (Alemanha); PMI Ind., Composto e Serviços (Euro); PMI Ind., Composto e Serviços (Reino Unido); Balança Comercial (Euro); Decisão de Política Monetária(Turquia); Decisão de Política Monetária (Reino Unido) Decisão de Política Monetária (Euro); Construção de Novas Casas (EUA); Índ Ativ. Indust. Fed Filadélfia (eua); Licenças de Construção (EUA); Ped. Iniciais Seguro-Desemprego (EUA); Coletiva de Imprensa do BCE; Produção Industrial (EUA); Leilão TN: LFT, NTN-F, LTN (Brasil). |
6ª feira (17) | Quadruple Witching; Decisão de Política Monetária (Japão); Vendas no Varejo (Reino Unido); Índice Ifo de Clima de Negócios (Alemanha); CPI – Preços ao consumidor (Euro)
Decisão de Política Monetária (Rússia). |
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