Gabriel Diniz Junqueira

O Retorno do Setor sucroenergético

O agronegócio brasileiro compreende uma vasta e complexa cadeia produtiva. Neste escopo, existe um setor em especial que vale destacar: o sucroenergético.

O setor s21ucroenergético compreende o ciclo produtivo da cana de açúcar que pode derivar em diversos produtos finais. Atualmente, no Brasil, existem 367 usinas instaladas moendo aproximadamente 657,4 milhões de toneladas, sendo assim o 2º lugar em produção de etanol e 1º em açúcar em escala global. Em termos financeiros, o PIB da cadeia sucroenergética é aproximadamente 2% do nacional, tendo mais de 1.000 municípios participando de suas atividades e gerando mais de 700 mil vagas de emprego formal.

Além destes aspectos, vale destacar que este produz aproximadamente 5% da energia elétrica consumida no país (+/- 22,6 TWh). Em resumo, o Setor Sucroenergético é vital na composição da cadeia agroindustrial do Brasil e consequentemente na economia brasileira. Abaixo um organograma do ciclo produtivo da cana de açúcar, da matéria prima aos produtos finais.

 

Agora, como historicamente é a dinâmica deste setor? Quais são as suas perspectivas? Para realizar esta análise, dividimos a sua história em uma trilogia que conta um pouco de como se desenvolveu e o que pode acontecer para a frente. O gráfico abaixo reflete esta divisão:

 

No passado recente, o que se nota é uma retomada da lucratividade do setor, buscando adequação às novas tendências ambientais e produtivas. Uma grave seca seguida de geadas e incêndios assolou o Estado de São Paulo na safra 2020/21. Isso fará com que a oferta de cana no mercado seja mais escassa e o preço do ATR deve continuar se apreciando acompanhando a retomada da economia e o maior consumo de etanol e açúcar no mundo.

A trilogia do mercado sucroenergético, em tese, pode não se parecer em nada com aquela dirigida por George Lucas em uma galáxia muito, muito distante. No entanto, os três principais períodos de sua história elucidam os triggers de valorização e como a dinâmica deste setor tem se comportado. Sua relação direta com os preços do petróleo, a guinada ambiental nos meios de produção e, principalmente, como o estado pode desestabilizar uma cadeia produtiva, por inteiro, são alguns dos principais pontos de discussão e análise. Desta forma, o que se espera é que nos próximos anos tenhamos um setor mais forte e resiliente, com expansão de sua atividade e aprendizados do passado.

Agro é Pop, Agro é Top, FIAGRO é Agro!

Fontes: MBA ESALQ-USP/ECONOMICAMENTE, Biodieselbr e BBC.

 

 

 

Nota

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Gabriel Diniz Junqueira

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