Geração Millennials recorrem cada vez mais aos investimentos alternativos para construir patrimônio
Não é novidade que o perfil dos investidores brasileiros tem sofrido algumas mudanças de comportamento ao longo dos anos. Isso fez com que surgissem alternativas para estimular a diversificação dos investimentos alternativos dentro e fora do Brasil. A realidade é que o público jovem ou a geração millennials (25 a 40 anos), por exemplo, não quer ficar exposto à volatilidade do mercado financeiro e, por isso, recorre aos investimentos alternativos para construir patrimônio e obter retornos acima da média dos ativos tradicionais de renda fixa e variável.
Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha, aponta que os boomers (57 a 75 anos) são a geração com o maior percentual de pessoas com conhecimento espontâneo sobre a caderneta de poupança (35,2%), títulos privados (16,4%) e planos de previdência (5,4%). Os millennials se destacam pela maior parcela de conhecedores de títulos públicos do Tesouro Direto (19,6%) e fundos de investimento (14,6%). E quando o tema é criptomoedas (6,3%) e ações (26%), a geração Z apresenta o maior conhecimento. Ainda de acordo com o relatório, os millenials têm optado por aportar recursos em ativos imobiliários, private equity, investimento direto em empresas e fundos ESG.
Já um levantamento feito pelo Bank of America (BofA) relata que indivíduos de 21 a 42 anos com pelo menos US$ 3 milhões em ativos têm apenas um quarto de sua carteira em ações, ante mais da metade para os mais velhos. Ou seja, 80% dos jovens estão mais dispostos a investir em ativos alternativos como private equity, venture capital, commodities, mercado imobiliário e outros com pouca ou nenhuma correlação com o sobe e desce constante das bolsas de valores.
Mesmo com os problemas econômicos que temos enfrentado, muitos deles potencializados pela pandemia e pela disputa à presidência, observamos uma nova geração de investidores saindo dos perfis tradicionais e caminhando em busca de opções de investimento mais rentáveis para diversificar suas carteiras. E, nesse cenário, os millennials conseguem, sem burocracias e com alto rendimento, alocar seu dinheiro em carteiras diversificadas de crédito de carbono, cannabis, tokenização de ativos imobiliários e outros.
Conhecido por ser um tipo de ativo financeiro que não se encaixa em nenhuma das categorias convencionais de investimento, sua modalidade é altamente lucrativa se atrelado a um banco ou corretora. Isso porque, eles estão muito mais ligados a projetos específicos da economia real, em que o investidor pode financiar ou se tornar sócio de empreendimentos em áreas como as mencionadas acima, de forma rentável e segura. Além disso, é uma alternativa que beneficia não só grandes investidores, como também os pequenos e médios.
Por fim, o que posso ressaltar é que muitos investidores que desejavam ter uma rentabilidade diversificada, lastreado a economia real, puderam utilizar da inovação para realizar esse tipo de transação. O mercado de investimento alternativo ainda tem muito a crescer, então vale a pena ficarmos de olho na evolução desse segmento e como essas novas gerações vão se comportar com suas finanças e investimentos.
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