Transações internacionais e o mercado imobiliário: possíveis impactos globais
Em uma economia cada vez mais globalizada, é natural que o mercado imobiliário brasileiro seja influenciado por transações internacionais. Investidores externos estão sempre atentos a oportunidades de negócios com boa relação risco-retorno, e não seria diferente no mercado imobiliário de uma das principais economias mundiais.
Porém, é preciso analisar de forma assertiva os impactos desses investimentos, pois existem efeitos positivos e negativos – e não óbvios – sendo o entendimento da dinâmica do mercado essencial.
Do lado global, as transações internacionais podem gerar novos negócios para o setor. Investidores estrangeiros compram reais, injetando recursos no país que podem impulsionar o desenvolvimento de novos empreendimentos e revitalizar áreas urbanas. Os aportes podem ser via emissões de novas cotas de fundos imobiliários, de ações no mercado acionário, ou aportes diretos na economia real via investimentos em empresas fechadas do setor.
Proptechs e Construtechs estão no radar de empresas internacionais que investem neste tipo de segmento. Ao investir em empresas listadas ou fundos de investimento, gera-se capital novo para aquisições de terrenos, aceleração de projetos, investimentos em tecnologia, entre outros. Do lado das novas soluções tecnológicas, criam-se dinâmicas mais eficientes para o setor, trazendo mais competitividade e mais negócios.
O fator concorrência estimula os players do setor a melhorarem seus produtos e serviços para se destacarem em um ambiente mais aberto e dinâmico. Entre os resultados, estão o aumento da qualidade dos projetos, do atendimento, da jornada de compra do consumidor e mais opções de consumo no fim das contas.
No entanto, é importante reconhecer que as transações internacionais podem gerar impactos negativos no mercado imobiliário. Em uma hipótese de um fluxo muito grande e descontrolado de investimentos estrangeiros, pode-se ter como resultande maior inflação de produtos e serviços, que naturalmente serão repassados à ponta final da cadeia.
No limite, outro ponto negativo pode ser uma maior dependência de agentes externos, tornando o mercado local vulnerável a flutuações econômicas e de fluxos de recursos em outros países. Alterações nas políticas governamentais ou instabilidades políticas em nações estrangeiras podem resultar em saídas de investimentos abruptas, causando instabilidade e volatilidade no mercado imobiliário local.
Diante desses desafios, é importante discutir garantias adequadas para mitigar os efeitos negativos. Termos contratuais robustos e cláusulas protetivas sempre ajudam a equilibrar as relações e a garantir ao empreendedor ou empresas que captam os recursos maior confiança nos projetos de longo prazo.
Além disso, é essencial promover a transparência e a prestação de contas no setor imobiliário, garantindo que as transações internacionais sejam realizadas de forma ética e responsável. Isso pode ajudar a evitar externalidades negativas.
Em suma, os investimentos vindos de fora do Brasil podem impactar significativamente o mercado imobiliário, promovendo tanto oportunidades quanto desafios. É crucial que o mercado apresente condições para maximizar os benefícios dessas transações, ao mesmo tempo em que reforcem o lado legal para redução dos impactos negativos, buscando a sustentabilidade do crescimento do setor.
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