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Bianca Pereira
Investimento em startups.

Investimento em startups. Foto: Freepik

Principais desafios das startups: gestão financeira da captação à expansão

Um negócio bem-sucedido começa com o básico bem feito – o mais simples e não é jargão repetir, pois vale para qualquer partner, futuro stakeholder que queira brilhar na constelação com a própria startup: a organização. A partir daí sabemos que a gestão financeira é o pavimento para essa potencial estrada de sucesso se abrir, desde o early ao late stage, passando pelas scale ups.

Na verdade, não importa em qual estágio seu negócio esteja: em qualquer um deles é preciso manter a gestão financeira em ótima saúde. Afinal, é uma boa estrutura que irá determinar a escalabilidade e longevidade da startup.

O melhor planejamento passa pela busca prudente de investidores com os perfis mais adequados ao seu negócio e pela captação com antecedência mínima de oito meses. A transparência e o bom relacionamento entre os parceiros são essenciais desde as primeiras reuniões e brainstormings. Ninguém quer perder tempo, dinheiro e saúde com discussões dispensáveis. Boas práticas nesse sentido são, por exemplo, estabelecer rotinas de conversas e o monitoramento diário de planilhas.

O conhecimento de finanças e parceiros estratégicos com reais afinidades sustentam esse ponto de partida, em conjunturas que usualmente se mostram instáveis, por isso a necessidade de ter tudo mapeado em detalhes e calculado, com preparação e consciência de que o capital investido pode levar mais tempo que o desejado até que os primeiros retornos aconteçam. Portanto, é preciso se munir de reservas para ficar cerca de um ano sem salário, nem contar com novos aportes dos investidores, além de precaver-se contra eventuais instabilidades macroeconômicas.

Nesse percurso, vale ressaltar que a gestão financeira em startups acontece por meio de um conjunto de processos, métodos e técnicas, seguindo as melhores práticas administrativas, que preveem as necessidades de custeio da estrutura que cada empreendimento seja capaz de montar, e a demanda de investimentos, a depender do modelo de negócio e dos indicadores atualizados do mercado em que pretende atuar. Sobretudo no early stage, é preciso ter em mente que o fluxo de caixa costuma se apresentar negativo, o que requer mais de uma rodada de investimento até alcançar o break-even point.

De fato, importa que os recursos sejam distribuídos de forma competente; a eficiência é o real chamariz estratégico para subir de patamar, potencializar os resultados do marketing, atrair novos investidores e clientes.

No final das contas, para precificar o produto ou serviço, uma boa gestão financeira aliada a uma contabilidade consistente favorece o controle, a transparência, a alavancagem de investimentos e a melhor tomada de decisões da startup, independentemente do estágio em que se encontre.

As startups, assim como quaisquer empresas, atravessam estágios de maturidade com seus respectivos desafios a serem superados: na fase inicial, com a busca de financiamento como principal característica – investidores-anjo, crowdfunding e empréstimos; de crescimento, no qual se visa ao aumento da base de clientes, equipe e equilíbrio financeiro; de consolidação, em que a meta principal é a manutenção da rentabilidade e solidez financeira, com rígido controle de gastos e maximização das fontes de receita e, finalmente, de expansão a novos mercados, sem grandes riscos a longo prazo.

Nota

Os textos e opiniões publicados na área de colunistas são de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a visão do Suno Notícias ou do Grupo Suno.

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