Vai viajar? As implicações tributárias nas férias
Estamos em agosto e, como esperado por muitos que não o fizeram em julho, as férias surgem como um prenúncio para um período de grande movimentação econômica no país. Para muitos brasileiros, é hora de organizar as finanças e aproveitar tão valiosos dias de descanso e diversão, explorando uma alta temporada de viagens e outras atrações que se estendem por todo o território nacional.
Possibilidades de lazer à parte, há uma conjuntura de aumento de preços que requer a atenção de quem deseja viajar, especialmente no que diz respeito a passagens aéreas. Dentro de um contexto, vale mencionar, de incertezas fiscais e índices inflacionários que continuam provocando efeitos nocivos à realidade financeira dos cidadãos.
De fato, o cenário macroeconômico do Brasil tem forte influência sobre a precificação de produtos e serviços específicos, mas é possível ir mais a fundo nesta análise, reconhecendo influências que permeiam pela esfera tributária. Essa compreensão – além do valor educacional, que é sempre bem-vindo – é uma ótima oportunidade para que as pessoas coloquem preços na balança e decidam, de forma consciente, qual é o melhor planejamento para as férias.
Para quem quer viajar: o que esperar das passagens aéreas?
Por um lado, é natural que períodos de férias sofram com o impacto do que entendemos como oferta e demanda, já que ocorre um aumento exponencial na procura por serviços de hotelaria, passagens aéreas, aluguel de veículos, entre outras vertentes que emergem em datas sazonais. Mas, olhando para 2023, esse efeito dominó é potencializado por outras razões igualmente relevantes. De acordo com dados levantados pelo buscador de voos Viajala, as passagens aéreas para cidades brasileiras, referentes ao mês de julho, estão 51% mais caras, em comparação à mesma época no ano passado.
Considerando as variáveis que incidem no aumento dos preços, entendo ser necessário ressaltar o valor do querosene para aviação como uma condição de extrema importância. Não por acaso, alas políticas têm se movimentado em Brasília para questionar os valores de QAV (Querosene de Aviação), enquanto outros colocam as companhias aéreas no centro de discussões acaloradas. O que é unânime, sem dúvidas, é a necessidade de debatermos métodos para destravar pontos que contribuem para políticas de precificação incompatíveis com a realidade econômica do país, caso do modelo de custo adotado para o QAV no Brasil.
Para o cidadão que, ainda assim, tem o interesse em viajar durante as férias, é sempre recomendável levantar alternativas e observar possibilidades mais vantajosas, seja de acordo com destinos de melhor custo-benefício, transportes menos inflacionados e oportunidades promocionais que amenizem o impacto no bolso. Ademais, não há como negar que economizar em tempos de alta temporada pode ser um desafio, mas no momento o melhor antídoto para aproveitar um merecido descanso sem desorganizar as finanças, definitivamente, é o conhecimento.